RETORNO

Largada da Fórmula 1 é na Áustria e temporada pode igualar Hamilton e Schumacher em títulos

Atual campeão, Lewis Hamilton pode se igualar ao lendário Michael Schumacher com sete títulos caso conquiste esta temporada da Fórmula 1

Lucas Holanda
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Lucas Holanda
Publicado em 05/07/2020 às 7:00
Leonhard Foeger/AFP
Temporada 2021 da Fórmula 1 começa em março, com GP do Bahrein - FOTO: Leonhard Foeger/AFP

Após os treinos livres da última sexta-feira, que marcaram o 1º dia oficial do retorno da Fórmula 1 depois de quase quatro meses de interrupção causada pela pandemia do novo coronavírus, e o classificatório desse sábado, o GP de abertura é neste domingo(5), na Áustria, no circuito de Spilberg, às 10h10. Vale lembrar que o mesmo circuito também vai receber a corrida do próximo domingo, com o GP da Estíria. Essa foi uma das formas que a entidade encontrou de ajustar o calendário para esta temporada.

Com um protocolo rigoroso de saúde, A Fórmula 1 retorna com previsão para realizar oito corridas em dez fins de semana. Nas novas regras, estão as testagens a cada cinco dias, mensagens de conscientização espalhadas pelos circuitos, máscaras obrigatórias, coletivas virtuais, equipes isoladas e com estruturas reduzidas e, claro, sem a presença de público nas arquibancadas.

Antes do coronavírus, a temporada regular da F1 era realizada com 22 GPs. No entanto, por conta da pandemia, este número deve reduzir - ainda não se sabe ao certo para quanto, mas deve ficar entre 15 e 18. Até o momento, apenas as oito primeiras corridas estão confirmadas com os países e circuitos. O GP do Brasil, por exemplo, pode não acontecer e integra o grupo com outros oitos países que seguem com os GPs indefinidos.

Por conta do coronavírus, além do protocolo, os pilotos também vão precisar se adaptar em algumas frentes. Uma delas, por exemplo, é com relação as escolhas de pneus. No cenário sem pandemia, as dez equipes tinham a liberdade para escolherem quais os tipos de pneus que usariam naquele fim de semana. Agora, isso mudou: com a nova regra, ficou estabelecido um padrão: dois conjuntos de pneus duros, três médios e oito macios serão entregues a cada piloto.

Além disso, como não há torcida, o tradicional desfile dos pilotos também não irá acontecer no domingo de manhã antes das corridas. Como uma forma de levar aos fãs - que estão de casa - um pouco de emoção, os pilotos devem ser entrevistados virtualmente um por um em seus boxes.

No grid, também tem novos procedimentos: apenas 40 membros por equipe, boxes fechando com 20 minutos de antecedência e carros com pneus montados cinco minutos antes da corrida - e a partir daí membros da equipe devem sair do grid. Ao fim da corrida, o tradicional pódio não será realizado por conta das medidas de distanciamento social. 

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Lewis Hamilton em busca de recordes

Aos 35 anos, Lewis Hamilton entra novamente como o grande favorito da F1. Com seis títulos conquistados, o piloto britânico pode igualar e ultrapassas alguns recordes do lendário Michael Schumacher. Se vencer esta temporada, Hamilton chega aos sete troféus e empata com o alemão, que é o maior vencedor da história. Além disso, o atual campeão também pode ultrapassar Schumacher em número de vitórias (84 x 91) e vezes no pódio (151 x 154). 

Em maio deste ano, Hamilton fez criticas à F1 durante os protestos antirracistas realizados nos Estados Unidos. O piloto é um dos esportistas que mais se posicionam contra o racismo. O britânico destacou que a categoria não fez o suficiente e que precisa se tornar mais igualitária. Para esta temporada, a Mercedes, equipe de Hamilton, anunciou que o modelo W11 será preto, deixando o prata de lado. 

Em mais uma forma de apoio à causa, Hamilton abandonou o macacão branco e vai usar um todo preto. A expectativa para esta temporada é de que além do britânico e de outros pilotos, a própria Fórmula 1 siga promovendo campanhas de igualdade social e combate ao racismo.

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Temporada 2020 da Fórmula 1 virá reduzida por conta da pandemia do novo coronavírus - FOTO:ARTE/JC

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