O Salgueiro retorna ao Campeonato Pernambucano diante do Náutico, no próximo domingo. Após o fim do Estadual, vem a disputa da Série D em setembro, com estreia no dia 19 ou 20. Será mais de um mês sem jogos oficiais até iniciar o Nacional, que se estenderá até o começo de fevereiro de 2021. Só que os problemas financeiros podem atrapalhar o Carcará neste caminho. Preocupação compartilhada com os demais times que disputarão a competição, mas que o time sertanejo prefere deixar um pouco de lado. Como disse o próprio presidente do Salgueiro, José Guilherme, que prefere focar no Pernambucano para não "enlouquecer".
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"Estou focado agora no Pernambucano. Tenho que conseguir uma vaga na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste já pensando para 2021. Mas só vou fazer um planejamento para a Série D quando acabar o Pernambucano, porque está difícil manter o grupo agora. Fiz contrato até novembro, estou negociando com os atletas, houve uma redução salarial. Mas para essas finais, os salários voltaram ao patamar normal. Então quando acabar o Pernambucano, vamos fazer uma renegociação novamente com os atletas para ver o que a gente pode fazer. Mas é coisa que nem estou pensando agora, senão vou enlouquecer. Já temos as finais do Pernambucano, que são preocupantes demais, então prefiro não pensar na Série D agora", comentou o mandatário em entrevista ao Jornal do Commercio.
A principal crítica para a competição se dá pela duração da Série D, começando em setembro e indo até fevereiro. Neste meio tempo, com um mês de parada entre o Campeonato Pernambucano e a Quarta Divisão, além de entrar no segundo mês de 2021, os clubes terão que pagar, pelo menos, um mês e meio a mais de salários do que se o torneio começasse logo em agosto. Outro ponto que as agremiações esperavam da CBF era que o tempo total fosse menor, com jogos acontecendo também no meio de semana. Seria um auxílio aos clubes para enxugarem seus gastos. Entretanto, a entidade máxima do futebol não seguiu o apelo dos clubes.
"Eu vi o calendário da Série D, para competição ficou um pouco exagerado ir até 2021. Poderia se jogar quarta e domingo e iria diminuir várias folhas de pagamento para os times. Está todo mundo num sacrifício danado, não tem cota, a gente não tem patrocínio de ninguém, cota de televisão, os jogos dificilmente vão ser televisionados e nem terão retorno financeiro. Então a gente acreditava que a CBF iria reduzir esses prazos. Para quem for até o final, vai ficar muito oneroso e acredito que vai afetar as finanças dos clubes já para 2021 também", concluiu José Guilherme.
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