Os graves problemas financeiros que culminaram no rebaixamento do Cruzeiro para a Série B do Campeonato Brasileiro parecem não ter fim. Apesar disso, as investigações seguem em andamento. Nesta terça-feira (11), a Polícia Civil de Minas Gerais convocou uma coletiva de imprensa para esclarecer o inquérito que apura denúncias contra três ex-dirigentes da Raposa, além de quatro empresários - três atuavam no futebol e um no ramo de Equipamento de Proteção Individual (EPI) . A investigação aponta um rombo de R$ 8,2 milhões, que chega a R$ 10 milhões com as correções monetárias.
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De acordo com a Polícia Civil, os ex-dirigentes do Cruzeiro e os empresários são acusados pelos crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa. Informações do jornal O Tempo afirmam que os documentos já foram entregues ao Ministério Público de Minas Gerais, que irá decidir nos próximos dias se oferece ou não denúncia contra os suspeitos.
As conclusões foram divididas em seis tópicos, envolvendo, entre algumas situações, a renovação de contrato do goleiro Fábio, o contrato do volante Bruno Silva, a transferência do lateral direito Mayke para o Palmeiras, além de comissões e a compra de um apartamento para um ex-dirigente. A Polícia Civil ainda esclareceu que as investigações não vão parar por aí e outras situações deverão ser apuradas pelas autoridades relacionadas à antiga administração.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirma a conclusão do Inquérito que investigou irregularidades cometidas por administradores do Cruzeiro Esporte Clube. O procedimento foi encaminhado ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). (+) pic.twitter.com/adDLRVxjLl
— Polícia Civil de MG (@pcmgoficial) August 10, 2020
ESQUEMA
De acordo com o delegado que preside o inquérito, Gustavo Xavier, da 2ª Delegacia Especializada na Investigação de Fraudes, em linhas gerais, a PCMG constatou que um empresário do ramo de Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s) teria se beneficiado com direitos federativos de jogadores do Cruzeiro em troca de um contrato fraudulento com um ex-dirigente do clube, no valor superior a R$ 3 milhões.
As testemunhas que assinaram esse contrato são outros ex-dirigentes, que também estão sendo indiciados. “Esse empresário do ramo de EPI é uma pessoa totalmente alheia ao mundo do futebol e não possuía conhecimento das negociações na área esportiva. Portanto, conseguimos apurar que um dos amigos dele, também indiciado e que atuava na direção do clube, é quem o apresentou ao Cruzeiro”, pontuou Xavier.
Com informações do jornal 'O Tempo' e da Polícia Civil de Minas Gerais
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