A tenista japonesa Naomi Osaka confirmou sua presença na disputa do Torneio de Cincinnat. O anúncio aconteceu após a atleta comunicar seu abandono e voltar atrás após os organizadores do evento terem adiado as partidas que deveriam ser disputadas nesta quinta. A ação foi um apoio aos protesto contra o racismo e a violência policial contra negros nos Estados Unidos.
"Eu estava (e estou) pronta e preparada para a minha a partida", disse Osaka em uma mensagem. "No entanto, após meu anúncio e consultas com a WTA e a USTA (Federação dos Estados Unidos), concordo com sua proposta de jogar na sexta-feira", completou a tenista.
Osaka, vencedora de dois torneios do Grand Slam, anunciou que não jogaria as semifinais contra a belga Elise Martins em um dia histórico de protestos nos Estados Unidos. Tudo começou quando os jogadores da NBA boicotaram os playoffs da quarta-feira.
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Após o anúncio da decisão de retirada da japonesa, os organizadores do torneio de Cincinnati adiaram as partidas das semifinais previstas para esta quinta para sexta-feira como um gesto coletivo de luta contra a desigualdade racial e a brutalidade policial. "Eles se ofereceram para adiar todos os jogos até sexta-feira e na minha cabeça isso chama mais atenção para o movimento. Quero agradecer a WTA e ao torneio por seu apoio", disse Osaka.
Disputas semifinais
A outra semifinal feminina será disputada na sexta-feira pela bielorrussa Victoria Azarenka e pela britânica Johanna Konta.
Na semifinal masculina, o sérvio Novak Djokovic enfrentará o espanhol Roberto Bautista Agut e o grego Stefanos Tsitsipas encara o canadense Milos Raonic.
O torneio de Cincinnati , que pertence ao circuito ATP Masters 1000 e WTA Premier, é realizado excepcionalmente em Nova York, a portas fechadas, como um prelúdio para o US Open (31 de agosto a 13 de setembro).
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