COPA DO MUNDO 2022

'Terça-feira 13': seleções sul-americanas não querem levar sustos nas Eliminatórias

Para esta série de jogos, Brasil, Colômbia, Uruguai e Argentina chegam com 3 pontos, Peru e Paraguai com 1, enquanto Chile, Equador, Venezuela e Bolívia estão zerados

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Publicado em 12/10/2020 às 18:37
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SEGUNDA RODADA Peru é o próximo adversário do Brasil, na terça - FOTO: NORBERTO DUARTE / AFP

O Brasil devastador de Neymar sabe que o Peru tem sangue nos olhos. Messi vai a La Paz buscar oxigênio para a pálida Argentina. Colômbia e Uruguai provam seu caráter contra Chile e Equador. Já a Venezuela busca curar uma ferida diante de um Paraguai instável.

Para os supersticiosos, o número 13 traz má sorte. E será num dia 13 que as equipes participantes das Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2022 entrarão em campo pela segunda rodada do torneio.

Para esta série de jogos, Brasil, Colômbia, Uruguai e Argentina chegam com 3 pontos, Peru e Paraguai com 1, enquanto Chile, Equador, Venezuela e Bolívia estão zerados.

Peru x Brasil

O Brasil de Tite começou a longa jornada em busca da vaga no Mundial do Catar como esperado: derrotou uma Bolívia muito frágil por 5 a 0 em São Paulo. Mas o Peru, seu adversário em Lima na terça, pode ser aquele gato preto que cruza seu caminho.

Os donos da casa conseguiram um empate por 2 a 2 com o Paraguai, em Assunção, e agora aguardam com sangue nos olhos a chegada de Neymar e companhia para dar uma resposta à derrota na final Copa América de 2019 (3 a 1).

"Os resultados, bons ou ruins, se perdem no passado. O presente é mais importante. Não faz sentido dizer que ganhou a final da Copa América ou que perdeu o último jogo. Isso aconteceu, mas já passou", disse Tite.

Com o atacante Paolo Guerrero ausente devido a lesão, a seleção peruana vai redobrar a aposta com André Carrillo, autor dos dois gols sobre os paraguaios e talvez com a presença de Jefferson Ferfán, recuperado de um desconforto físico.

Bolívia x Argentina

Para Argentina enfrentar a lanterna Bolívia poderia ser uma benção. A questão é que o jogo será disputado aos 3.640 m de altitude de La Paz, onde o oxigênio é escasso e os sintomas do mal da altitude ameaçam os times que jogam ao nível do mar.

Este 'conhecido rival' terá que enfrentar o astro Lionel Messi e uma equipe que passou por apertos para vencer o Equador por 1 a 0, graças a um pênalti, no estádio La Bombonera.

A equipe comandada por Lionel Scaloni atuou mais uma vez sem apresentar ideias, com um jogo burocrático apesar de ter incluído novos jogadores, mas que não conseguiram construir entrosamento, muito menos impor um estilo.

Para Scaloni, o que fica é que o time venceu. Mas a seleção argentina e Messi terão que mostrar algo mais em La Paz para não sofrerem contra uma Bolívia que deu descanso diante dos brasileiros seu experientes jogadores que se movem como peixes na água quando atuam na altitude, como Alejandro Chumacero e Marcelo Moreno.

Chile x Colômbia

Na Colômbia, a vitória por 3 a 0 sobre a Venezuela em Barranquilla era o esperado, pois os jogadores comandados pelo português Carlos Queiroz chegaram para este duelo afiados pelo ritmo da temporada europeia, casos de James Rodríguez, Duvan Zapata, Luis Muriel e Juan Guillermo Quadrado.

“Quero sempre esta concentração e determinação de toda a equipe. É a única forma de ganhar. Não foi uma apresentação de gala mas não é hora de dar show, é para marcar pontos”, afirmou o português.

A má notícia para os colombianos foi a grave lesão do zagueiro Santiago Arias, recentemente contratado pelo Bayer Leverkusen. Fratura da fíbula e lesões complexas do ligamento do tornozelo esquerdo, o que o deixará afastado dos gramados por pelo menos seis meses.

O Chile aparece ameaçador no horizonte da seleção colombiana por conta da derrota por 2 a 1 para o Uruguai em Montevidéu, que atingiu profundamente o elenco por considerar que foi prejudicado pelo árbitro paraguaio Eber Aquino e as decisões do VAR.

Apesar do contratempo e da polêmica, o treinador da equipe chilena, o colombiano Reinaldo Rueda, soube combinar diante dos uruguaios a experiência de Arturo Vidal, Alexis Sánchez, Eduardo Vargas e Charles Aranguiz com sangue novo e jovem, forças necessárias para percorrer o longo processo em busca da classificação.

Equador x Uruguai

O Uruguai jogou diante do Chile mantendo o "estilo uruguaio", sofrendo por momentos e buscando na garra a chave para resolver as situações a seu favor, uma característica presente também entre os jogadores do Equador, que serão os anfitriões desse encontro em Quito, onde a altitude 2.850m é um fator que não pode ser descartado.

Para o técnico Óscar Tabárez a vitória na primeira rodada foi baseada "no esforço dos jogadores" e citou esse mesmo espírito para lutar pelos pontos em Quito.

"Vamos enfrentar uma equipe rápida na altitude. Temos pela frente um jogo que vai exigir muita energia física e muita atitude e presença no psicológico”, frisou.

Entre os donos da casa, a derrota por 1 a 0 para a Argentina foi bem dirigida, levando em consideração que o adversário jogava em casa e o pouco tempo de trabalho do técnico argentino Gustavo Alfaro com a equipe.

“É preciso escolher bem os jogadores para jogar na altitude, com aquela pressão, montando um futebol bem estruturado por baixo”, reconheceu o treinador.

Venezuela x Paraguai

Inofensiva e longe da versão competitiva que atuou na Copa América 2019 com Rafael Dudamel, a Venezuela do português José Peseiro foi contra a Colômbia aquela conhecida equipe frágil que sempre foi figuração na América do Sul.

Sem vários jogadores experiente e com poucas horas de treinamento, a seleção venezuelana poderia ter sofrido mais em Barranquilla, com uma derrota maior do que o 3 a 0, se não fosse pelo fato de os colombianos terem optado por diminuir o ritmo no segundo tempo.

Para este jogo a ser disputado em Mérida, os paraguaios chegam após empate por 2 a 2 com o Peru, num confronto em que a equipe oscilou muito, alternando momentos de qualidade com erros infantis, mas mostrando dinâmica e que existe um trabalho sendo realizado.

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