Remo retorna à Série B após 13 anos
Nesse domingo(10), o Leão Azul derrotou o arquirival Paysandu por 1 a 0 no Mangueirão pela quinta e penúltima rodada da segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro, garantindo a volta à Série B após 13 anos de ausência
A edição 759 do clássico Re-Pa foi especial para o Remo. Nesse domingo(10), o Leão Azul derrotou o arquirival Paysandu por 1 a 0 no Mangueirão pela quinta e penúltima rodada da segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro, garantindo a volta à Série B após 13 anos de ausência.
O acesso só pôde ser comemorado duas horas após o apito final em Belém, pois os remistas ainda dependiam de um tropeço do Londrina contra o Ypiranga-RS no jogo que encerrou a rodada pelo Grupo D. O empate por 1 a 1 no estádio do Café, em Londrina (PR), deu início a festa azul no Pará.
O Remo lidera a chave com 10 pontos, três a frente do Paysandu, que é o segundo. O Londrina está em terceiro com seis pontos, seguido pelo Ypiranga, com quatro pontos. Um empate na última rodada garante o Leão na decisão da Série C - apenas o líder do grupo se classifica. O Papão também pode chegar lá, mas terá que vencer, torcer por uma derrota do rival e superá-lo no saldo de gols.
Apesar da derrota, o Paysandu depende apenas de si para também ir à Série B: basta vencer o Ypiranga no Colosso da Lagoa, em Erechim (RS). Além de bater os paraenses, a equipe gaúcha terá que torcer por uma derrota do Londrina para o Remo no Mangueirão, se quiser subir de divisão. Já os paranaenses precisam ganhar em Belém e dependem, ainda, de um tropeço do Papão em Erechim para fazerem companhia ao Leão. Os dois jogos serão no sábado que vem (16), às 17h (horário de Brasília).
Goleiro lidera feito remista
Mais agressivo no primeiro tempo, o Remo abriu o marcador aos 34 minutos, com Salatiel. O atacante, que havia perdido boa chance sete minutos antes, aproveitou rebote do goleiro Paulo Ricardo após batida do meia Felipe Gedoz e mandou para as redes. O Papão quase empatou nos acréscimos. Aos 46, o volante Lucas Siqueira salvou, em cima da linha, uma cabeçada do atacante Nicolas. Na sobra, o zagueiro Wesley Matos acertou a trave.
Na etapa final, o Paysandu tomou mais a iniciativa, mas parou em Vinícius. O goleiro remista fez pelo menos três defesas importantíssimas. Aos três minutos, esticou-se todo para salvar o desvio do zagueiro Micael. Três minutos depois, evitou um gol contra do zagueiro Rafael Jansen. Aos 38, teve reflexo para defender uma cabeçada à queima-roupa, na pequena área, do atacante Jefinho. Apesar da pressão bicolor, o Remo segurou a vitória.
A cerca de 2,5 mil quilômetros dali, pouco após o apito final no Mangueirão, o Ypiranga inaugurou o placar no estádio do Café. Com um minuto de bola rolando, o goleiro Dalton saiu mal do gol, após cobrança de escanteio, e o lateral Zé Mario cabeceou para as redes. O Londrina pressionou e chegou ao empate aos 28 minutos com o meia Adenílson, em um arremate de fora da área.
No segundo tempo, o Ypiranga comandou as ações ofensivas, mas pecou na finalização. Aos 36 minutos, os gaúchos tiveram a grande chance de voltar à frente, em uma cobrança de pênalti, mas Dalton defendeu a batida de Reinaldo. Aos 42, o zagueiro do Canarinho se redimiu ao salvar, quase em cima da linha, um chute cruzado do atacante Uelber. O empate foi mantido até o fim dos 90 minutos, para festa da torcida remista, na outra extremidade do país.
Brusque mira acesso inédito
O Brusque pode se juntar ao Remo e garantir o acesso inédito à Série B na segunda-feira (11). O Quadricolor recebe o Ituano no estádio Augusto Bauer, em Brusque (SC), a partir das 20h, na partida que encerra a quinta rodada da segunda fase da Série C. Em segundo lugar no Grupo C, com seis pontos, os catarinenses sobem em caso de vitória. O Galo de Itu (SP), por sua vez, pode assumir a ponta da chave se ganhar.
O grupo tem o Vila Nova na liderança, com sete pontos, um a mais que o Brusque. Ituano e Santa Cruz somam cinco pontos, mas os pernambucanos já têm cinco jogos. No sábado (9), o Tricolor foi superado pelos goianos por 2 a 1 no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA), em Goiânia.