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Clássico entre Brasil x Argentina na Arena de Pernambuco pode ser adiado

Superclássico pode ser adiado devido ao aumento de casos da covid-19 na América do Sul, especialmente no Brasil

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LOURENÇO GADÊLHA

Publicado em 04/03/2021 às 13:53 | Atualizado em 04/03/2021 às 21:11
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O Superclássico das Américas entre Brasil x Argentina, que está marcado para o dia 30 de março, na Arena de Pernambuco, pode ser mais uma vez adiado devido ao cenário de aumento nos casos de coronavírus na América, especialmente no Brasil. Em meio a um possível adiamento, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, em contato com a reportagem do Jornal do Commercio, explicou que a Conmebol realiza reuniões todas as sextas-feiras, avaliando cenários e relatórios da covid-19 nos países envolvidos nas eliminatórias. Por isso, mesmo com a possibilidade de ser adiado, até o momento, o jogo está mantido, já que não há nenhuma decisão tomada pelas entidades responsáveis pela gerência do confronto.

“Não tem adiamento definido neste momento. O jogo está mantido. Existem reuniões semanais que ocorrem para avaliação de relatórios epidemiológicos, curva de nível, quadros, cenários. Tudo é analisado e existem variáveis que podem levar ao adiamento. Hoje, a informação oficial da Fifa e da Conmebol, é que o jogo está mantido. Como toda sexta-feira tem reunião, pode então ter uma nova decisão amanhã (5). É uma rotina normal de avaliação de cenários, a gente não tem como dizer com certeza. Tanto é possível manter, como é possível adiar. Não tem como garantir nem que vai ter, nem que vai adiar”, afirmou o mandatário.

Por outro lado, uma informação do colunista Marcelo Rizzo, do Portal UOL, antecipa que o assunto pode ser deliberado antes mesmo do que o previsto por Evandro Carvalho. Isso porque uma reunião virtual entre a Fifa e a Conmebol marcada para esta quinta-feira (4) pode definir o adiamento da partida, com os dois jogos deste mês de cada seleção sendo diluídos em outras datas Fifa até março de 2022, com a exceção do mês de junho, onde estará sendo disputada a Copa América 2020. Além disso, a entidade também abriria uma exceção para que Conmebol realizasse três e não duas partidas nessas datas.

 

Apesar do encontro agendado entre Gianni Infantino e Alejandro Dominguez, presidentes das duas entidades, a tendência é que a Conmebol não aceite a ideia, além de bater o pé para que a Fifa pressione os clubes europeus para liberar os atletas à virem para a América do Sul participar dos jogos das eliminatórias no fim do mês. Na visão da Conmebol, a solução sugerida pela Fifa não agrada às confederações sul-americanas, principalmente pelas questões comerciais, já que acordos de direito de transmissão que estavam travados, passaram a ser fechados justamente pela rodada das eliminatórias no mês de março.

O administrador da Arena de Pernambuco, Kléber Borges, disse que vai esperar para se pronunciar apenas após a decisão que será tomada na reunião entre a Fifa e a Conmebol. No entanto, ele relatou algumas ações específicas que foram realizadas para manter o palco da partida pronto para receber o Superclássico entre Brasil x Argentina.

"Fizemos o rebaixamento do gramado para 22 milímetros, como é utilizado na Europa, além da preparação da sala do VAR e algumas atividades específicas em relação à prevenção do novo coronavírus, como ampliação dos espaços que vão receber os jogadores, mas nada que fuja da preparação diária da Arena de Pernambuco, que está preparada para receber a qualquer momento um jogo internacional. Estamos pronto para oferecer a melhor qualidade para as seleções do Brasil e Argentina nesse jogo que pode ser realizado no final do mês", detalhou.

TORCIDA

De acordo com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, em meio ao imbróglio da realização ou não da partida no fim do mês, a única situação que já está definida é a não participação da torcida no Superclássico das Américas. Segundo o mandatário, Pernambuco até conseguiu adquirir a tecnologia necessária para viabilizar a presença do público, no entanto, outros países sul-americanos não conseguiram e, com isso, o estado ficou inviabilizado.

"A única garantia que temos com certeza absoluta é que nós não vamos poder colocar público. Apesar de Pernambuco ter conseguido a tecnologia, sendo o primeiro local no Brasil e na América Latina a firmar convênio com a Montec e com o programa internacional que é utilizado na NBA, no circuito artístico da Europa, etc. Mesmo tendo toda a tecnologia que poderia colocar de 6 a 8 mil pessoas no estado, todo mundo com certificação digital que foi testado ou vacinado, nós não vamos poder colocar, porque os outros países envolvidos nas eliminatórias não conseguiram a tecnologia. Não posso colocar público aqui, enquanto na Argentina, no Uruguai, não vai ter. Isso já está definido que não vai ter torcida", finalizou Evandro Carvalho.

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