Brasileira quer usar experiência em sua 7ª Olimpíada por medalha no mountain bike
A brasileira chegou a se afastar do mountain bike, mas em meados de 2018 voltou à modalidade e conquistou bons resultados
A poucos dias dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Jaqueline Mourão realiza os ajustes finais para disputar a sua sétima Olimpíada. A atleta do ciclismo já disputou quatro edições de inverno e soma agora a terceira de verão. A carreira olímpica da ciclista começou em 2004 com sua primeira participação, justamente na modalidade de mountain bike na qual vai representar o Brasil no Japão.
A brasileira chegou a se afastar do mountain bike, mas em meados de 2018 voltou à modalidade e conquistou bons resultados. Jaqueline Mourão foi campeã brasileira e conquistou a histórica medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, no Peru Com esses resultados, a atleta se prepara para realizar uma boa campanha em terras nipônicas.
Jaqueline Mourão se dividia entre Belo Horizonte, sua terra natal, e a cidade de Quebec, no Canadá, onde se dedica às modalidades de inverno (biatlo e esqui XC). Com a chegada da pandemia do novo coronavírus e os processos rigorosos para se migrar de um país para o outro, acabou optando por fazer toda a sua preparação na cidade canadense.
"Optei por ficar em Quebec e focar na qualidade da preparação. Aqui é quente e úmido e as pistas são muito técnicas e muito próximas de onde estou. O único desafio foi a sala de musculação que continuou fechada durante a preparação, então tive que me adaptar com pesos livres em casa. Consegui treinar bem e vou embarcar motivada para Tóquio", disse a brasileira.
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Para conseguir chegar em sua melhor fase, a atleta contou com equipamentos de alta tecnologia e que com certeza fizeram o diferencial. "A bicicleta evoluiu muito desde a minha primeira participação. Hoje usamos quadros de alta tecnologia em carbono, meu modelo, a Supercaliber, foi desenvolvida durante 3 anos e com engenheiros tentando achar todos os detalhes para uma bike de cross country perfeita para qualquer pista. Usamos rodas de tamanho aro 29, freios hidráulicos a disco, e transmissão com comandos sem fio para a mudança de marchas, graças à tecnologia AXS Bluetooth", revelou.
Para a Olimpíada, todos os atletas praticamente competirão com uma bicicleta com duas suspensões (dianteira e traseira) e canote retrátil (que levanta ou abaixa por um comando no guidão) Todas as bicicletas são equipadas com medidor de potência. "São equipamentos que me deixam mais segura durante os treinamentos e consequentemente, para os campeonatos", disse Jaqueline Mourão.
A brasileira embarcou na noite de domingo para Tóquio e tem a sua disputa marcada para o próximo dia 27. Além de seis participações olímpicas - Atenas-2004, Turim-2006, Pequim-2008, Vancouver-2010, Sochi-2014 e PyeongChang-2018, ela é dona de numerosos títulos de campeã brasileira, sul-americana e pan-americana e uma das melhores atletas de esqui XC na América do Sul.
O detalhe é que a jornada esportiva continua após os Jogos de Tóquio-2020. Em menos de um ano, Jaqueline Mourão também tem tudo para ir à Olimpíada de Inverno de Pequim-2022 para disputar a sua oitava competição na carreira.