Olimpíadas de Tóquio: Quem é Fernando Scheffer, medalhista de bronze do Brasil na natação
Gaúcho de Canoas, ‘Monet’, como o atleta é conhecido, tem apenas 23 anos e chegou a Tóquio como atual campeão dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019
Dono da quarta medalha brasileira nas Olimpíadas de Tóquio, o nadador Fernando Scheffer passou à final com o oitavo tempo da prova e tinha uma inspiração clara num ícone da natação brasileira, Gustavo Borges, que há 25 anos carregava o título de único brasileiro a ter sido finalista desta modalidade, tinha o sétimo melhor tempo, mas cresceu na hora decisiva e saiu com a prata. Fernando terminou os 200 metros livre em terceiro e recebeu medalha de bronze.
"Só queria fazer a minha prova, tentar colocar na água tudo que treinei e nadar feliz. Aproveitar cada metro. É uma sensação muito especial, parece que estou sonhando ainda", disse à TV Globo na saída da piscina.
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Gaúcho de Canoas, ‘Monet’, como o atleta é conhecido, tem apenas 23 anos e chegou a Tóquio como atual campeão dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. Seu apelido, uma referência ao pintor francês Claude Monet, que lhe segue desde a infância, surgiu após uma tremenda confusão. Isso porque, devido à sua magreza e ao cumprimento de suas pernas e braços, ele era comparado ao quadro Abaporu. Ocorre, porém, que a obra é da brasileira Tarsila do Amaral e não do europeu.
Scheffer ou Scherer?
A confusão não se restringe ao apelido de Scheffer. Seu sobrenome também lhe rendeu alguns momentos engraçados e, ao mesmo tempo, de muita responsabilidade. Já que não foram poucas as vezes em que Scheffer foi confundido ou comparado com Xuxa, o nadador, por ter nome parecido com Fernando Scherer, bronze nos 50 m nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996. Nas piscinas, porém, Monet não deixa ninguém enganado: o cara é mesmo uma fera!
Curiosamente, esta olimpíada em que Xuxa ganhou medalha foi a última vez em que o Brasil foi ao pódio nos 200 m livre. Gustavo Borges conquistou a prata. Agora, Scheffer pode sentar na mesa dos medalhistas olímpicos com ele.
Antes de Tóquio, o nadador que começou a praticar o esporte para não ficar sozinho em casa, se destacou por fazer parte do revezamento 4x200m livre que ganhou a medalha de ouro no Mundial de piscinas curtas, em 2018. Na Rio 2016, ele ficou a apenas 80 centésimos do índice olímpico para participar e acabou não disputando os Jogos. Cinco anos depois, a redenção do Monet veio de forma emocionante, com o bronze.