Crise do novo coronavírus

Presidente do Náutico revela preocupação para manter salários em dia no clube

Edno Melo afirmou que o Timbu está "vivendo um da atrás do outro", mas não sabe como será feito para quitar os salários no mês de maio, enquanto março e abril já estão garantido

Klisman Gama
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Klisman Gama
Publicado em 22/04/2020 às 8:23
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Edno Melo recusou convite para se candidatar a vereador e continua no Náutico - FOTO: Foto: Diego Nigro/JC Imagem

Do Trio de Ferro do Recife, o Náutico é o clube que está com uma situação um pouco mais calma com relação a pagamento de salários. Com o mês de março pago e um acordo feito para encaminhar também abril, o Timbu passa a se preocupar com o que vem pela frente. Dirigentes não sabem qual valor pode entrar nas contas do Alvirrubro para que as obrigações sejam pagas. O principal aporte, que vem da cota televisiva da Série B, ainda é incerta de ser paga neste momento.

 

“O Náutico já fez um acordo quando a gente colocou todo o elenco, staff do futebol e funcionários do administrativo de férias. Esse acordo foi feito para que o mês de março não fosse descontado nada. Mesmo tendo parado no dia de 17, a gente pagou o mês completo. No mês de abril vai ser descontado para aqueles funcionários que recebem acima de 5 mil reais, fizemos o acordo de abater 25%. Agora, o mês maio está em aberto. A gente não sabe o que vai fazer, se vai ter cota da televisão. Então estamos vivendo um da atrás do outro. Temos várias ações para fazer para que não atrase salário”, comentou o presidente do Timbu, Edno Melo, em entrevista a Ralph de Carvalho na Rádio Jornal.

Outras vias

O mandatário do Náutico também ressaltou que a maneira que o clube tem sido conduzido em sua gestão facilita na hora de negociar com os atletas e funcionários. Isso porque, segundo Edno Melo, as conversas entre eles são transparentes, mostrando a situação financeira do clube e sempre mantendo os salários em dia, até então. No atual momento vivido pela pandemia do novo coronavírus, os cortes salariais precisaram ser feitos e, com a constante queda de receitas, o Alvirrubro deve buscar outras formas para se manter os pagamentos.

“Sabemos que nosso discurso é esse de austeridade e pagamento de dívidas, e se torna mais fácil a negociação quando a gente coloca tudo muito transparente, para que eles tenham acesso também à informação e não fique só dentro da diretoria. Então pode ser que, em maio, a gente utilize algum recurso do governo, algum empréstimo bancário, alguma redução salarial, mas para isso temos que discutir e negociar com todos os atletas e profissionais de que serão descontados esse tipo de salário”, encerrou.

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