Portões fechados

Náutico: Edno Melo defende jogos com portões fechados quando o futebol retornar

Presidente do Náutico destacou que isso é uma medida triste, mas reforçou que o importante é salvar vidas

Lucas Holanda
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Publicado em 22/04/2020 às 13:08 | Atualizado em 22/04/2020 às 14:00
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Edno Melo testou positivo para a covid-19 nessa terça-feira. - FOTO: REPRODUÇÃO/ TWITTER

Por conta da pandemia do novo coronavírus que afeta o mundo inteiro, ainda não tem uma data definida para a volta do futebol, que segue paralisado há mais de um mês. No entanto, mesmo diante desse cenário de incerteza, parece existir um consenso: a bola vai voltar a rolar com os jogos sendo realizados de portões fechados. Em entrevista ao comentarista Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal, o presidente do Náutico, Edno Melo, defendeu que as partidas sejam realizadas de portões fechados.

"É uma situação que tem para ser cumprida. Vemos alguns clubes voltando, o Sporting de Portugal, alguns clubes da Alemanha. A gente não queria voltar dessa maneira que vai ser, mas infelizmente é necessário. O que estamos discutindo aqui é uma vida, não é uma partida de futebol. Então para isso vale qualquer tipo de esforço e qualquer tipo de restrição. É claro que você jogar com os portões fechados, por mais que a torcida compre a ideia de comprar ingressos virtualmente, com os estádios vazios mas tendo vendido cinco, 10 ou 15 mil ingressos, você sabe que é totalmente diferente e o espetáculo muda completamente. Mas se isso for para salvar vidas, assim será", destacou Edno Melo.

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TELÃO PARA TORCEDORES

Na Dinamarca, uma das alternativas que os clubes estão enxergando para tentarem não perder a receitas é a instalação de telões nos estacionamentos nos estádios, onde os torcedores poderiam assistir os jogos nos carros. No entanto, para Edno Melo, isso não vai funcionar, pois ele enxerga essa experiência como muito fria.

"Isso é uma das armas que eles têm para usar, algo que ele tem que fazer diferente, pensar fora da caixa para não perder a receita. Não acredito que isso vai dar certo. Futebol não é numa telinha, é emoção, é paixão, é estar lá gritando e apoiando o seu clube. É totalmente diferente, é muito frio você dentro de um carro, mas vale tudo para você não ter tanto prejuízo. Um jogo de portões fechados dá um prejuízo enorme. Ele deixa de gerar emprego, receitas para o clube, visibilidade para o time. Então é uma perda muito grande", disse o presidente do Náutico.

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