Destaque do Náutico contra o Central, o experiente meia-atacante Jorge Henrique tem demonstrado sua importância também dentro de campo neste retorno do futebol. Nas três partidas que o Timbu disputou, ele esteve envolvido em quatro dos cinco gols que a equipe marcou, ou seja, um percentual de 80% . Um gol, uma assistências e um cruzamento no gol contra do Central, além do pênalti sofrido contra o Bahia. Aos 38 anos, mesmo sem a mesma capacidade física de antes, ele segue agradando ao técnico Gilmar Dal Pozzo, que o escalou como titular pela primeira vez - dentre os três duelos disputados até então - no último domingo.
“O Jorge é um jogador experiente, contribuiu muito com a nossa vitória na bola parada. É uma pena que ele não tenha intensidade para jogar o jogo todo. Mas o tempo que fica em campo, ele consegue desequilibrar pela boa movimentação, porque é um atleta tecnicamente diferenciado. Um detalhe que chama a atenção no Jorge Henrique é o espírito de equipe e a sede de conquista. Então estou muito satisfeito com ele”, avaliou o comandante alvirrubro.
Outro fator que chama a atenção no veterano é a sua postura em campo. Orienta, cobra, incentiva os companheiros. É a representação do treinador dentro das quatro linhas. E mesmo com a idade mais avançada, tecnicamente Jorge Henrique ainda pode fazer diferença, como fez. Buscando potencializar isso enquanto o meia tinha fôlego no duelo do Náutico contra o Central, Dal Pozzo recuou Jhonnatan para reforçar a marcação na cabeça da área e, consequentemente, dar mais liberdade para o camisa 23 no momento ofensivo.
“O Jorge é praticamente um técnico dentro de campo. Jogador experiente, que sabe cadenciar o jogo, mas que tem presença, chega junto sempre como nosso centroavante. No segundo tempo fiz uma mudança tática. No primeiro estávamos jogando no 4-1-4-1 com uma trinca no meio-campo. E no segundo eu posicionei o Rhaldney e o Jhonnatan atrás, para dar essa liberdade de movimentação ao Jorge. Até porque a condição física dele, pela idade, ele sente. Então gostei dessa formação também no segundo tempo, porque a equipe ficou equilibrada defensivamente, dando mais essa liberdade de flutuação do Jorge para chegar na frente e concluir a gol”, encerrou o treinador do Náutico.
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