MUDANÇA

Após saída de Kevyn, técnico do Náutico afirma que pode improvisar Bryan na lateral esquerda

Hélio dos Anjos indicou que o "elenco enxuto" deve ser incrementado após a saída de alguns atletas nos últimos dias

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LOURENÇO GADÊLHA

Publicado em 25/02/2021 às 13:17 | Atualizado em 25/02/2021 às 13:41
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Prestes a estrear no Campeonato Pernambucano 2021, o técnico Hélio dos Anjos confirmou que vai improvisar um atleta na lateral esquerda na primeira partida do estadual, diante do Central, no próximo sábado (27), às 19h, nos Aflitos. Após a saída de Kevyn, que era o único lateral-esquerdo de origem no elenco, o setor ficou sem opções. Com isso, a tendência é que o lateral-direito Bryan seja adaptado para jogar na ala esquerda. Em entrevista nesta quinta-feira (25) ao comentarista Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal, o comandante alvirrubro destacou a qualidade do atleta para atuar improvisado naquele setor, reforçando, inclusive, que "ele joga melhor na esquerda do que na direita". Mesmo com o favoritismo de Bryan para ganhar a posição, também existe a possibilidade do volante Marciel ser deslocado para atuar no setor.

"A princípio o Bryan vai fazer essa função. Vou ser muito sincero, ele faz e faz bem. Para mim, faz melhor a lateral esquerda no aspecto tático e naquilo que eu quero, do que a própria lateral direita. São situações táticas e de comportamento individual do jogador, que eu posso sem sombra de dúvidas falar isso. O desempenho dele na lateral-esquerda da forma que ele se propõe ao tipo de jogo, na minha visão, ele joga melhor na esquerda do que na direita. Temos a possibilidade, ainda nem conversei, mas estou deixando o atleta trabalhar mais na função dele, assim como o Marciel também pode ser usado no setor. Então são, a princípio, adaptações", antecipou o técnico.

 

O elenco alvirrubro, que já possuía algumas carências, foi pego de surpresa com a saída do lateral-esquerdo Kevyn, que colocou o Náutico na Justiça alegando salários atrasados e o não recolhimento do FGTS durante seis meses. O atleta, inclusive, já se encontra em Alagoas, treinando nas dependências do CSA enquanto o Timbu ainda aguarda uma resposta judicial após ter recorrido da sentença na Justiça do Trabalho. Com as limitações financeiras no planejamento para a temporada 2021, o clube alvirrubro abriu mão de trabalhar com dois laterais esquerdos neste início de ano. Ou seja, Kevyn era, até a saída, o único atleta de origem da posição no grupo principal.

"Nós estamos com um plantel enxuto, mas muito bem controlado. Tudo isso está sendo muito discutido. Tivemos a chegada do Ari, que é nosso executivo de futebol, que tem juntamente com toda nossa direção, trabalhado muito em função de manter tudo dentro do orçamento, de um equilíbrio muito grande. A gente abriu mão sim de um segundo lateral esquerdo, afinal de contas, eu tinha toda confiança no futebol do Kevyn e tinha uma confiança muito grande do seu crescimento. Não vou entrar no mérito do acontecido (a saída por meio da Justiça), mas infelizmente nos deixou sem nenhum especialista na posição", acrescentou Hélio dos Anjos.

Com a saída, o Náutico se viu obrigado a voltar atenções para a contratação de um novo lateral-esquerdo. Por outro lado, uma reviravolta pode mudar os planos nos Aflitos, já que uma decisão favorável na Justiça faria com que Kevyn retornasse ao Timbu. Neste contexto, a situação tomaria um novo desfecho que, na visão do técnico Hélio dos Anjos, será decidido pela própria diretoria alvirrubra.

"É uma situação que está totalmente voltada para a direção do clube. Quem está sendo atingido nessas decisões é o clube. O melhor para o clube nesse caso é uma decisão da direção. A partir do momento, caso aconteça, o ganho de causa do Náutico, obrigatoriamente eu tenho que colocar o jogador dentro do trabalho, porque aí podemos dar chance para ele usar outros meios de conseguir esse passe. Então eu tenho que cumprir aquilo que a direção vai decidir", afirmou, antes de lamentar a forma como se deu a saída do lateral-esquerdo.

"Eu lamento, porque na maioria dos casos como esse quem sai mais prejudicado é o jogador porque vai ficar envolvido numa disputa, correndo o risco de ficar um tempo sem poder jogar. Isso é prejuízo lá na frente, porque ele deixa de ganhar, deixa de jogar, até porque o tempo não para. Aquilo que for melhor para o Náutico, a gente vai estar de acordo com a direção", completou.

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