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Atacante explica motivo de ter poucos gols no Náutico: "Comigo os goleiros fazem milagres ou a bola bate na trave"

Apesar da dificuldade de balançar as redes, Vinicius projetou um ano de mais gols no Timbu

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LOURENÇO GADÊLHA

Publicado em 11/03/2021 às 13:54 | Atualizado em 11/03/2021 às 14:16
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O atacante Vinicius chegou ao Náutico em 2020 para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro e, desde então, mostrou ser um jogador importante para o setor de ataque. Isso porque atuando pelas pontas, onde se sente mais a vontade, o jogador costuma não se esconder do jogo, com boa participação na linha ofensiva, criando lances de perigo aos adversários. Um fator, no entanto, o persegue desde o início de sua carreira: a dificuldade de fazer gols. Desde que chegou ao Timbu, em outubro do ano passado, foram 15 jogos e apenas uma bola na rede, diante do Cruzeiro, no segundo jogo do atleta com a camisa alvirrubra. De lá para cá, são 13 jogos ou 928 minutos (tempo em que esteve em campo) sem balançar as redes adversárias.

Em entrevista coletiva, Vinicius aponta os 'milagres dos goleiros' e as 'bolas na trave' como fatores para a baixa média de gols. Ainda assim, projetou um ano de mais bolas na rede com a camisa do Náutico. "Não estipulei nenhuma meta. Quero com certeza sempre fazer gols. Quem assiste os jogos (do Náutico), vê o quanto eu tento quando sobra uma bola para mim. Infelizmente comigo os goleiros fazem alguns milagres, a bola bate na trave... Mas, eu creio que vai continuar aparecendo as oportunidades e eu vou voltar a fazer gols. Estamos indo para o terceiro jogo da temporada, que acabou de começar, e creio que ela será vitoriosa. Vou conseguir fazer bastantes gols se Deus quiser para ajudar o Náutico da melhor forma possível", afirma.

 

A marca negativa, inclusive, não se restringe apenas a passagem pelo Náutico, já que a baixa média de gols está presente em toda sua carreira. No profissional desde 2010, a melhor temporada do atacante foi em 2013, pelo Palmeiras, quando marcou seis gols em 46 jogos. Nas três temporadas anteriores pelo alviverde, ele somava 34 jogos e dois tentos. Depois, antes de chegar ao Náutico, passou por Vitória-BA, Capivariano-SP, Ceará, Coritiba, Adanaspor-TUR, Chapecoense, Criciúma e Larissa-GRE. Nesse período entre a saída do Palmeiras e a chegada ao Timbu, foram 169 jogos e seis gols, mesmo número de 2013, no alviverde paulista.

Mesmo com a dificuldade para balançar as redes, o atacante tem a confiança do técnico Hélio dos Anjos, que o utilizou como titular em todas as partidas desde que assumiu o comando do Timbu. Por outro lado, apesar da vantagem, Vinicius ganhou a concorrência de Matheus Carvalho e Giovanny nesta temporada, além de Álvaro, que sentiu o joelho na vitória contra o Sete de Setembro e deve passar por uma artroscopia. Na avaliação do atacante, o maior beneficiado com a concorrência no setor de ataque é o Náutico, que ganha boas opções para os compromissos do Campeonato Pernambucano e da Série B.

"Quem ganha com a concorrência é o Náutico. Todos fazendo um bom papel, só quem tem a ganhar é o clube. Eu tendo concorrência ou não, vou tentar fazer o meu melhor, porque com isso estarei ajudando o Náutico. Quem for os outros da posição, também vai está fazendo o seu melhor. No outro jogo eu saí, entrou o Álvaro, o Giovanny, e eles vão tentar fazer o melhor. Assim é o futebol. Vou me esforçar sempre para estar ajudando o Náutico da melhor forma possível. Creio que essa concorrência é sadia. Todos nós ali da frente temos uma relação muito boa, o grupo é muito bom, e com certeza quem ganha com isso é só o Náutico", finalizou.

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