Jogadores do Náutico se mobilizam por soltura de massagista que está no Cotel
Paulo Mariano de Arruda Neto estava no CT Wilson Campos quando foi levado preso
Um caso envolvendo um massagista do Náutico tem misturado o noticiário esportivo com o policial. No dia 24 de fevereiro deste ano, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) foi até o Centro de Treinamento Wilson Campos, no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife, e levou preso Paulo Mariano de Arruda Neto, 27 anos. A prisão aconteceu porque Paulo foi identificado pela polícia como uma das pessoas envolvidas em um assalto a ônibus, cometido em 25 de dezembro de 2018, no bairro da Joana Bezerra, área central do Recife. O massagista e sua família, porém, negam que ele tenha envolvimento com este crime. Ele está há quase um mês no Centro de Observação e Triagem professor Everardo Luna (COTEL).
O caso ganhou maior repercussão nesta quarta-feira (17), depois que uma campanha pedindo a liberdade de Paulo e alegando sua inocência ganhou força nas redes sociais. Jogadores do Náutico e até o técnico Hélio dos Anjos fizeram postagens a favor do massagista. Em um vídeo publicado no Instagram, o técnico alvirrubro fez um apelo. "Por tudo que já foi provado e mostrado em algumas condições, ele é inocente. Gostaríamos de pedir à Justiça de Pernambuco que olhe essa situação e agilize para termos o Paulinho novamente em nosso convívio e de seus familiares. É um garoto muito bom, garoto de ouro, muito bom profissional e estamos todos muito tristes com tudo isso", disse.
Em outra postagem feita pela família na conta de Paulo no Instagram, é relatado que ele foi confundido com o verdadeiro assaltante que aparece em imagens conseguidas pela polícia. No momento, a esperança dos familiares é de que o pedido de habeas corpus feito pela defesa seja aceito e ele possa sair da prisão. "O pedido vai passar pelo desembargador e, eu tenho muita fé, estou orando muito, vai dar certo. É a esperança que a gente está nesse momento. A situação está complicada, vai fazer quase um mês que estamos lutando. Tentei resolver tudo de uma forma que não precisasse ser exposto do jeito que foi, mas ontem, como vi o tempo passando e ele lá dentro, bateu um desespero e eu postei", contou Amanda Araújo, esposa de Paulo.
A reportagem do JC entrou em contato com a Polícia Civil de Pernambuco, mas até a última atualização deste texto não recebeu resposta.