EM LIBERDADE

Defesa de massagista do Náutico aponta erros no processo e destaca álibi

Ainda não há data para a audiência do caso de Paulo

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Carolina Fonsêca

Publicado em 20/03/2021 às 8:00
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Agora em liberdade e se preparando para retomar sua vida normalmente, Paulo, massagista do Náutico que foi preso e passou 23 dias no Centro de Observação e Triagem professor Everardo Luna (COTEL), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, suspeito de participar de um assalto a ônibus, ainda precisará aguardar as próximas etapas do processo na Justiça para encerrar de vez este capítulo de sua história.

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Segundo Virgínia Kelle, advogada do massagista, a defesa vai focar principalmente na forma como o reconhecimento dos envolvidos no crime foi feito, além do álibi que ele possui, já que estava em casa no dia em que o assalto aconteceu. Ainda não há data para a audiência.

"A gente tem foto na rede social de Paulo, da noite de Natal. Ele estava em casa e tem duas foto de Paulo com a esposa, família, amigos. Ainda que a legenda da foto seja 'dia maravilhoso', dá para ver que as luzes estão acesas e era noite", explicou Virgínia.

Quanto as imagens do assalto e a forma como o reconhecimento foi feito, a advogada pontuou diferenças importantes entre Paulinho e o assaltante e criticou a forma como a polícia apresentou as imagens para o cobrador do ônibus assaltado e um menor que participou do roubo. De acordo com a advogada, o reconhecimento foi feito única e exclusivamente com a foto do RG de Paulo e em preto e branco.

"O homem que aparece nas imagens e foi identificado, pelo cobrador do ônibus e pelo menor como sendo Paulo é negro de pele escura, mas Paulo tem pele clara. Além disso, Paulo tem tatuagens aparentes no braço e o cobrador do ônibus disse que o assaltante não tinha tatuagens aparentes. Na imagem do assaltante, ele aparece de boca aberta e é possível ver que não usa aparelho ortodôntico, diferente de Paulo, que já naquela época usava e ainda usa", detalhou.

Virgínia afirmou ainda que, no pedido de habeas corpus que apresentou à Justiça, apontou 18 erros na condução do processo e do reconhecimento. "Só de olhar as imagens a gente percebe que não é a mesma pessoa", frisou.

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