Se tem um jogador que aproveitou bem a intertemporada do Santa Cruz foi o volante André. Antes da paralisação do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus, o prata da casa de 20 anos já tinha recebido oito oportunidades no time principal e, no clássico contra o Sport, ganhou a preferência de Itamar Schulle, que optou por deixar o então titular Bileu como opção no banco de reservas. E, na volta do futebol no Estado, apesar de ter sentido um pouco o ritmo de jogo, o cabeça de área tricolor ficou satisfeito com o desempenho dele e da equipe.
"Sobre a volta aos gramados... Difícil de acostumar de novo. Foram mais de três meses parado, você acaba sentindo. Ainda mais num jogo pegado, difícil e mesmo assim conseguimos sair com a vitória e fazer um excelente jogo. Defensivamente fomos muito bem, atacamos os espaços e soubemos aproveitar as falhas do adversário. No final acabamos saindo com a vitória no clássico, na casa dos caras e eliminar eles do Pernambucano, pra fechar com chave de ouro a primeira fase", comentou André.
Mesmo gostando de sua atuação em campo, o volante coral sabe que ainda pode render mais, principalmente nas chegadas ao ataque. "O jogo contra o Sport foi difícil, fomos muito exigidos defensivamente. A equipes deles era qualificada e tive de fazer muito a cobertura dos laterais e do zagueiro, além de entrar na linha de três para ajudar na marcação, porque fui muito exigido. Mas acredito que posso dar mais ofensivamente. Só que pelo fato de nosso time ter jogado um pouco recuado, tive de me doar mais e dar mais sangue, focando mais na marcação e na saída de bola... E não ajudei tanto ofensivamente. Mas fiz uma boa partida e recebi bastante elogios. Um Clássico das Multidões, um dos maiores do País e você ser titular contra o Sport, na casa deles, e sair com a vitória... Então, estou muito feliz", frisou o prata da casa.
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CHAVE VIRADA
A euforia pela volta às partidas, entretanto, precisa ficar de lado. Afinal, o Santa Cruz tem uma decisão pela frente e encara a equipe do River-PI nesta quarta-feira (22), às 20h, estádio Eliel Matins (Valfredão), na cidade de Riachão do Jacuípe, na Bahia, pela 8ª rodada da Copa do Nordeste. A Cobra Coral (5º colocado no Grupo B, com 10 pontos) precisa de uma vitória simples e torcer por tropeços de Ceará (4º, com 11) ou Náutico (3º, com 11) - os cearenses encaram o CRB, enquanto que os alvirrubros enfrentam o anfitrião Bahia - para se garantir nas quartas de final da competição.
"Agora é mudar de chave. É Copa do Nordeste, outro campeonato, outra realidade e precisamos da classificação. Vamos com tudo em busca da vitória.O time já assimilou que está nas semifinais do Pernambucano e, agora, é ir forte no Nordestão. Conseguir essa classificação em cima do River, que sabemos que será um jogo complicado. Se Deus quiser vai dar tudo certo. Pretendemos voltar de lá (Bahia) classificados e ir mais longe", declarou André.
Para o cabeça de área, a equipe coral pode surpreender na competição. "Nosso grupo é bom e que vem plantando coisas boas. Treinos com intensidade, entrega, empenho e vamos ter uma colheita graúda. Vamos conseguir essa vitória, a classificação e ir o mais longo possível, quem sabe conseguir o título. Nosso time é bom e não podemos pensar baixo. Temos de mirar alto, mirar pra cima. Quanto mais alto mirarmos, melhor. Vamos buscar esse título e, se Deus quiser, vai dar tudo certo", desejou.
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