Bolívar quer implantar 'escola gaúcha' no estilo de jogo do Santa Cruz
Treinador quer aliar técnica e raça no estilo de jogo do Santa Cruz
Em dois meses de temporada, o Santa Cruz já teve dois técnicos. No entanto, o time coral não tinha um cara com João Brigatti e muito menos com Alexandre Gallo. E esse é um dos grandes desafios que o comandante Bolívar terá de solucionar rapidamente. A boa notícia, entretanto, é que o novo treinador já traçou um perfil para o estilo de jogo da sua equipe: raça nos 90 minutos junto com a técnica, características da escola gaúcha, onde Bolívar foi formado. O técnico, que acompanhou a vitória do Santa Cruz contra o Retrô nas arquibancadas da Arena de Pernambuco, destacou que alguns jogadores do elenco coral têm qualidade técnica muito boa e, juntamente com esta raça, o trabalho pode ser bem feito no Tricolor.
"A escola gaúcha é de um jogo muito competitivo, tanto que os últimos técnicos da seleção brasileira são gaúchos, então a gente vê equipes competitivas e as equipes onde eu trabalho são dessa maneira. Equipes que entregam os 90 minutos uma raça muito grande dentro de campo. E você aliando isso também com a técnica. Aqui principalmente eu encontrei e vi na partida (contra o Retrô), venho acompanhando já há alguns dias jogadores de uma qualidade técnica muito boa. E colocando esse outro método de ter uma equipe competitiva eu acho que a gente tem tudo para fazer um grande trabalho, porque a torcida pede isso. O torcedor do Santa Cruz exige um time competitivo, com muita raça e que vai brigar pelos objetivos", explicou.
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Apesar de já ter definido a escola gaúcha como modelo para implantar no elenco coral, Bolívar convive com um problema do futebol brasileiro: falta de tempo para treinar. Ele comandou o seu primeiro treino nessa quinta-feira e já vai estrear à beira do campo no domingo, diante do Afogados, em duelo válido pela última rodada da primeira fase do Campeonato Pernambucano. Por conta disso, o treinador evita estipular um prazo para o Tricolor ter a sua cara, mas também destaca a necessidade da Cobra Coral dar uma resposta muito grande neste meio imediatista que é o futebol - ainda mais aqui no Brasil.
"Acho que com o decorrer do tempo. Com os treinamentos, a gente sabe que os jogos são muito próximos e o quanto a gente quer tempo para poder trabalhar, mas o futebol tem um imediatismo e a gente precisa dar uma resposta muito grande. Então, com o tempo vamos ajustando aqueles detalhes e ajustes para que a gente possa ter uma equipe em todos os setores, em todos os aspectos, bem competitiva no seu sistema defensivo, no meio campo, no ataque e em todos os setores, né, para que possamos ter um Santa muito forte e possamos buscar os nosso objetivos", explicou.
O duelo entre Afogados x Santa Cruz está marcado para 16h do domingo e será no estádio Vianão. Já classificado, o Tricolor quer vencer para tentar ser o terceiro e ficar vivo na briga por uma vaga na Copa do Brasil de 2022, além de ter a vantagem do mando de campo nas quartas de final do Pernambucano.