Com mais de R$ 189 milhões de passivo total, o Sport pretende entrar no Profut para renegociar as dívidas fiscais em longo parcelamento com o Governo Federal. Para isso, precisa que o novo projeto de lei, apresentado quinta-feira pelo deputado federal Felipe Carreras (PSB), seja aprovado na Câmara e no Senado, além de sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Após a emenda não ser aceita na medida que propõe a suspensão do pagamento das parcelas durante a pandemia do novo coronavírus, o político pernambucano formulou nova PL que permite a entrada dos times brasileiro no programa federal. Tanto dos times que faziam parte e saíram, como as agremiações que nunca haviam aderido, como por exemplo, o Leão.
“Já faz um tempo que trabalhamos para tentar entrar no Profut. Estamos conversando constantemente com o deputado federal Felipe Carreras, Edno (presidente do Náutico) e Tininho (Constantino Júnior, presidente do Santa Cruz) sobre o Projeto de Lei para a abertura do prazo e regularização do clubes que saíram. Na primeira tentativa, não foi votado como emenda. E agora ele (deputado federal Felipe Carreras) apresentou nova PL”, afirmou o vice-presidente rubro-negro Carlos Frederico, em entrevista ao Jornal do Commercio e Blog do Torcedor.
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Felipe Carreras defende que todos os times brasileiros tenham a possibilidade renegociar as dívidas fiscais. Ainda mais após a pandemia do novo coronavírus que potencializou a crise financeira nos clubes. Como é o caso do Sport, que optou por não entrar no programa em 2015. Ainda não existe um prazo para o novo projeto de lei do Profut ser colocado em votação na Câmara. O deputado federal pernambucano ainda frisou que agora existirá mais tempo para maior articulação. Outro clube interessado na PL é o Cruzeiro, que está afundado em milionária dívida após o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro no ano passado.
"O projeto foi apresentado na última quinta-feira. Vamos tentar em aproximadamente 15 dias colocar em votação. Nesta semana, já iremos buscar trabalhar a urgência dele. Agora é o Projeto de Lei somente em cima da adesão de novos times, que não faziam parte, e de clubes, que aderiram e não conseguiram honrar", afirmou o deputado federal.
"É bom que se diga que não vai existir perdão de nenhuma dívida. Apenas os clubes terão um prazo maior para pagar. Acho injusto alguns clubes terem o benefício e outros não. O que já era desequilibrado vai aumentar ainda mais a disparidade em termos econômicos entre os clubes do Brasil", reiterou.
Profut
O parcelamento do Profut tem o objetivo de renegociar as dívidas dos clubes com a Receita Federal, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e o Banco Central relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Quando o programa começou em 2015, a dívida dos grandes times brasileiros era estimada em mais de R$ 5 bilhões.
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