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Justiça mantém eleições do Sport em dezembro e impõe multa diária ao presidente executivo do clube

A decisão judicial sobre agravo de instrumento mantém o processo eleitoral do Sport para 18 de dezembro, mas chapas não estão oficializadas

Robert Sarmento
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Robert Sarmento
Publicado em 18/12/2020 às 14:00 | Atualizado em 18/12/2020 às 15:13
ARNALDO CARVALHO/JC IMAGEM
Rubro-Negro está na bronca com a arbitragem. - FOTO: ARNALDO CARVALHO/JC IMAGEM

O imbróglio envolvendo as eleições do Sport ganhou mais um capítulo, após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) suspender a liminar conseguida pelo clube rubro-negro para que o processo eleitoral fosse realizado apenas em março de 2021. A decisão, concedida em agravo de instrumento, manteve o pleito para este dia 18 de dezembro. Apesar disso, o prazo de inscrições das chapas encerrou no dia 30 de novembro e, como não houve oficialização de nenhuma candidatura, o pleito não deve acontecer nesta sexta-feira.

O documento da 4ª Câmara Cível do Recife foi assinado pelo desembargador Fábio Eugênio Dantas de Oliveira Lima. O texto diz que ‘’o adiamento das eleições acarreta a indevida extensão dos mandatos dos atuais gestores do Sport’’. Além disso, em caso de descumprimento, impõe uma multa diária de R$ 1 mil a R$ 100 mil ao presidente executivo do clube rubro-negro, Carlos Federico, pois Milton Bivar pediu licença do cargo até o fim do mandato. Ao todo, o dirigente tem 15 dias para entrar com recurso dessa última decisão do TJPE.

Em contato com o Jornal do Commercio, Eduardo Carvalho afirmou que Carlos Federico pode até ser preso em caso de continuar descumprindo o processo judicial e não apresentar comprovações de que as eleições não possam ser realizadas ainda em 2020. A atual gestão do clube havia conseguido derrubar a liminar obtida por Nelo Campos, mas não conseguiu o mesmo com a ação de Eduardo Carvalho.

Os dois são contrários ao processo eleitoral acontecer somente quando o Campeonato Brasileiro da Série A for encerrado, como quer a atual gestão do Leão da Ilha do Retiro. Além de Eduardo Carvalho, os também advogados Pedro Leonardo Lacerda e Delmiro Gouveia, além do ex- diretor de futebol Nelo Campos e o economista Luiz Carlos Belém são pré-candidatos.

De acordo com o decreto do Governo de Pernambuco, eventos para mais de 300 pessoas estão proibidos. A medida foi tomada para evitar a propagação da covid-19. O Sport afirma que não apresenta condições para respeitar as regras sanitárias contra o novo coronavírus e, consequentemente, realizar o processo de eleições.

Processo eleitoral

De acordo com o edital referente às eleições do Sport, a data para a escolha do novo presidente é o dia 18 de agosto. Mas, no dia 15 de setembro, o clube formalizou um pedido de antecipação junto ao Conselho Deliberativo para convocar uma Assembleia Geral e definir uma nova data. Em novembro, uma reunião do Conselho Deliberativo com mais de 90 pessoas adiou eleições para 2021 e não mais na data original.

Quando o dia da eleição chegou, a reportagem do Jornal do Commercio e da Rádio Jornal, conversou com o presidente do Conselho Deliberativo do Sport, Ricardo de Sá, e ele afirmou que é necessário uma semana para inscrever as chapas e alguns dias para se analisar se todos os documentos estão corretos. Portanto, a eleições não teria como acontecer. Em relação à decisão concedida pelo TJPE a Eduardo Carvalho, até o fechamento da matéria, o clube rubro-negro não se pronunciou. 

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