Coluna do Estadão

Parlamentares e grupo de empresários ainda sonham com reformas em 2022

Apesar de a reforma administrativa (PEC 32) ter empacado no Congresso por causa da falta de empenho do Executivo, parlamentares ainda estão otimistas em relação a um pacote alternativo de mudanças na administração pública, de forma fatiada

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Alberto Bombig

Publicado em 27/12/2021 às 6:59
Análise
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Apesar de a reforma administrativa (PEC 32) ter empacado no Congresso por causa da falta de empenho do Executivo, parlamentares ainda estão otimistas em relação a um pacote alternativo de mudanças na administração pública, de forma fatiada. Segundo eles, são quatro os projetos considerados fundamentais atualmente em tramitação: 1) supersalários; 2) reformulação dos concursos públicos; 3) "lei da meritocracia"; 4) regulamentação da avaliação de desempenho. O líder da frente parlamentar da reforma administrativa, Tiago Mitraud (Novo-MG), vê chances de aprovação desses projetos até o fim da atual legislatura. "Vamos nos empenhar para avançar nesse sentido", diz ele.

Cirão conselheiro

Na retrospectiva dos presidenciáveis, Ciro Gomes (PDT) foi, disparado, quem mais se lançou em pré-campanha eleitoral neste ano. Em junho, por exemplo, ele esteve na Bahia, em locais por onde passou Antônio Conselheiro. Apesar da incansável pregação e do tom sempre messiânico, Ciro ainda não conseguiu decolar nas pesquisas. Ele tem aparecido em quarto lugar, tecnicamente empatado com Sérgio Moro.

Sprint

Grupos de empresários também não perderam as esperanças: já nos primeiros meses de 2022, irão
até o Congresso, em um derradeiro esforço, na tentativa de destravar as reformas, incluindo a própria administrativa, e a tributária, a "lenda legislativa".

Sprint 2

A ideia é tentar sensibilizar os parlamentares argumentando que a questão mais preponderante das
eleições de 2022 será o debate econômico.

Atrativo

"É importante mostrar aos parlamentares que um movimento pelo emprego passa pelas reformas e que elas são interessante também do ponto de vista eleitoral", diz Nabil Sahyoun, do Instituto Unidos Brasil (IUB).

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Os empresários também convidarão os presidenciáveis para assumirem compromissos com o setor.

Criador...

É consenso entre os principais articulares da política paulista que, se aceitar ser vice de Lula, Geraldo Alckmin acertará a vida de muita gente na centro-direita, abrindo caminho para a candidatura de Rodrigo Garcia (PSDB) ao Bandeirantes em 2022.

... e...

Mas quais seriam os motivos capazes de fazer um dos líderes das pesquisas desistir da candidatura a
governador? Um aliado de longa data de Alckmin explica um deles: o ex-tucano, melhor do que ninguém, sabe do peso da máquina pública estadual e das grandes alianças na disputa. Garcia tem esses dois atributos.

... criatura

Esse mesmo aliado acha que Alckmin e Garcia têm perfil muito semelhante e podem rachar o eleitorado de centro-direita, especialmente no interior do Estado. Ou seja, ambos correm o risco de ficar fora do segundo turno.

Pronto, falei!

João Roma, ministro da Cidadania: "Este é um momento em que nós devemos dar as mãos e trabalhar em benefício da população que está precisando do nosso apoio", sobre as chuvas na Bahia.

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