Falta de profundidade em discursos sobre economia vira alerta no time de Moro
A direção do Podemos e aliados próximos do presidenciável Sergio Moro têm ouvido de empresários de diferentes setores críticas em relação à falta de clareza e de profundidade sobre temas econômicos na pré-candidatura da sigla
A direção do Podemos e aliados próximos do presidenciável Sergio Moro têm ouvido de empresários de diferentes setores críticas em relação à falta de clareza e de profundidade sobre temas econômicos na pré-candidatura da sigla. As cobranças já repercutem no time do ex-juiz, que tem debatido formas de tentar aproveitar melhor a associação de Moro à agenda anticorrupção no debate sobre inflação, combate ao desemprego e o preço dos combustíveis, por exemplo. Não é unânime entre aliados do presidenciável, por soar simplista e até lembrar a campanha de Bolsonaro em 2018, a ideia de continuar insistindo na tecla única da anticorrupção como solução para todos os problemas.
QUERO VER
Esta semana, um apelo bem direto neste sentido foi feito à deputada federal Renata Abreu durante um encontro promovido pelo Grupo Voto em São Paulo. Empresários pediram à presidente do Podemos que convença o ex-juiz federal a mostrar se entende mesmo de economia.
TROCA
Renata Abreu também foi questionada se Moro pode trocar o Podemos pelo União Brasil, de Luciano Bivar. Ela admitiu que as conversas estão em andamento e que, se a mudança for avaliada como a melhor opção para levar Moro ao segundo turno em outubro, ela não será contra a mudança de partido.
HEY, BROTHERS
Rodrigo Maia montou uma versão do "jogo da discórdia", como no BBB. Sem rodeios, publicou que Bolsonaro não faria falta, Moro não é confiável e Paulo Guedes é um "palestrinha", ou seja, fala demais.
É MEU
Bolsonaristas de saída do PSL devem usar o discurso de que o partido, ao se fundir com o DEM, não existe mais e, com isso, vão reivindicar comando das comissões na Câmara. Eles argumentam que o que deve valer é o nome do parlamentar acordado e não sua legenda. Um exemplo é o deputado Vitor Hugo, que quer o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
NA PAUTA
Parlamentares do Centrão apostam que a liberação dos jogos de azar será um dos primeiros projetos aprovados pelo Congresso neste ano. Por outro lado, eles já contam com o veto de Bolsonaro.
DE OLHO
O empresário bolsonarista Otávio Fakhoury, atual presidente do PTB em São Paulo, entrou na lista dos cotados para assumir a presidência nacional da sigla de Roberto Jefferson. O partido está rachado em disputas pelo comando.
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Considerado um dos termômetros mais precisos da política brasileira, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, ainda não colocou todas as cartas na mesa nas eleições presidenciais deste ano.
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Aliados afirmam que Kassab não deve abrir mão, por enquanto, da candidatura de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a Presidência da República e que o apoio do senador será uma ficha valiosa no jogo durante o segundo turno.
PRONTO, FALEI!
Felipe d’Avila
Presidenciável do Novo
"Essa próxima janela partidária da política brasileira vai parecer aeroporto em dias de feriado: vai ter gente saindo de um portão e correndo para outro."