Os Estados Unidos avançaram, mas ainda não têm condições de realizar os testes de detecção de coronavírus suficientes para iniciar o processo de desconfinamento em 1º de maio - concluíram pesquisadores de Harvard, em uma análise publicada no site especializado Stat, nesta segunda-feira (27).
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A pesquisa contradiz a afirmação do presidente Donald Trump de que os Estados Unidos melhoraram sua capacidade de detecção até um patamar suficiente. Cerca de 1,5 milhão de testes foram realizados no país na semana passada, de acordo com o projeto de monitoramento da doença, o "COVID-19 Tracking Project".
Para pesquisadores do Harvard Global Health Institute, 19 estados estão prontos, entre eles Alasca e Montana, ambos relativamente a salvo da pandemia. No entanto, 31 estados estão longe de terem condições de identificar a maioria das infecções rapidamente.
Estado com maior número de casos de contágio do país, Nova York precisará de entre 130.000 e 155.000 testes por dia, em comparação com uma média de 20.000 por dia registrada até meados de abril.
A Geórgia, que começou a reabrir seu comércio não essencial neste fim de semana, terá um déficit de mais de 5.000 por dia, ainda conforme o estudo.
Com base em simulações estatísticas, os pesquisadores consideram necessário pelo menos meio milhão testes por dia até 1º de maio.
Apesar das deficiências identificadas, o diretor do Instituto de Saúde Global de Harvard, Ashish Jha, garantiu que a análise não é necessariamente uma má notícia. Segundo ele, o número de testes aumentou significativamente na semana passada, com 300.000 testes relatados no sábado, e 256.000, no domingo.
"Os testes estão estagnados há muito tempo. Finalmente, as comportas estão começando a abrir", disse Jha, no Twitter. "Ainda há um longo caminho a percorrer, mas está sendo feito progresso!", completou.
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O que é coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Como prevenir o coronavírus?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
- Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
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