O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (27), em sua conta oficial no Twitter, que seu governo irá "regular fortemente" ou fechar as plataformas de mídia social "antes de permitir" que elas "silenciem totalmente as vozes conservadoras". Segundo Trump, é essa a percepção do Partido Republicano.
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"Nós vimos o que elas tentaram fazer, e fracassaram, em 2016", disse Trump, referindo-se à atuação das redes sociais na eleição presidencial americana de quase quatro anos atrás.
Republicans feel that Social Media Platforms totally silence conservatives voices. We will strongly regulate, or close them down, before we can ever allow this to happen. We saw what they attempted to do, and failed, in 2016. We can’t let a more sophisticated version of that....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) May 27, 2020
Acusação de 'interferência'
Nessa terça-feira (26), Trump acusou o Twitter de "interferir" nas eleições presidenciais de novembro, depois que a rede social classificou pela primeira vez dois de seus tuítes como enganosos.
O presidente voltou a recorrer à rede social para reclamar que "o Twitter interfere agora nas presidenciais de 2020" após a inclusão do alerta.
Trump atribuiu os tuítes enganosos à Califórnia, afirmando sem fundamento que qualquer um que more no estado receberá cédulas quando, na verdade, as mesmas são enviadas a eleitores registrados, segundo o alerta.
Os tuítes violaram uma política ampliada recentemente pelo Twitter, informou a empresa com sede em San Francisco.
"Ao servir à conversação pública, nosso objetivo é facilitar a busca de informação confiável no Twitter e limitar a propagação de conteúdo potencialmente nocivo e enganoso", disseram o chefe de integridade, Yael Roth, e o diretor de políticas globais, Nick Pickles, quando houve a mudança.
O candidato democrata à Presidência, o ex-vice-presidente Joe Biden, disse em entrevista à CNN que o Twitter e outras redes sociais devem "dizer que não é correto" quando são emitidas declarações enganosas.
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