A China vai suavizar as drásticas restrições impostas há dois meses aos voos internacionais - anunciou uma autoridade do setor nesta quarta-feira (27), em um momento em que muitos chineses bloqueados no exterior se queixam de não poderem voltar para o país.
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Temendo casos importados de coronavírus, o governo chinês reduziu, no final de março, os voos para o resto do mundo a um por semana por empresa (chinesa, ou estrangeira) e por país. Desde abril, os voos internacionais que chegam e partem da China caíram para 1% de seu nível pré-pandemia.
A partir da próxima segunda-feira, 1º de junho, o limite passará de 134 para 407 voos semanais, declarou o vice-diretor da Administração de Aviação Civil Chinesa (CAAC), Li Jian."Após o processo, a CAAC planeja aumentar razoavelmente o volume de voos, mantendo o controle dos casos [contágios] importados para a China", disse Li à agência de notícias China News Service.
Li não deu detalhes, mas, na última segunda-feira (25), a CAAC emitiu uma circular autorizando as companhias aéreas nacionais e estrangeiras a apresentarem um pedido de voo charter a cada três dias - em vez de a cada sete dias atualmente -, o que deve permitir acelerar o tráfego. Essa decisão chega em um momento em que cresce a irritação nas redes sociais dos cidadãos chineses que não conseguem voltar para casa, devido à falta de voos, ou aos preços proibitivos das passagens aéreas.
"Tenho a impressão de sofrer mais discriminação de meus compatriotas em dois meses do que nesses cinco anos em que morei no exterior", reclamou um usuário da rede social Weibo na página de comentários do CAAC. Com quase 1,6 milhão de estudantes no exterior, a China ainda está longe de ter repatriado todos os seus cidadãos.
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