O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (22), que só se reuniria com o presidente venezuelano Nicolás Maduro para discutir sua saída do poder, depois de suas declarações em uma entrevista na qual se mostrou propenso a um encontro.
"Só me reuniria com Maduro para discutir uma coisa: uma saída pacífica do poder", disse Trump em sua conta do Twitter, acrescentando que sempre se posicionará "contra o socialismo" e a favor da liberdade do povo da Venezuela.
Unlike the radical left, I will ALWAYS stand against socialism and with the people of Venezuela. My Admin has always stood on the side of FREEDOM and LIBERTY and against the oppressive Maduro regime! I would only meet with Maduro to discuss one thing: a peaceful exit from power!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 22, 2020
Segundo trechos de uma entrevista ao portal Axios divulgados na noite de domingo, Trump declarou que não se opõe a um encontro com Maduro. "Sempre digo que se perde muito pouco com as reuniões. Mas até agora, as rejeitei", afirmou.
Essas declarações representam uma virada de 180 graus em sua política de "pressão máxima" à Venezuela e levantaram dúvidas sobre o apoio de Trump ao líder do Parlamento Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por um grupo de mais de cinquenta países liderado pelos EUA.
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Durante a entrevista, Trump mostrou suas reservas em relação a Guaidó e seu desempenho e "indicou que não tem muita confiança" nele. A menos de cinco meses das eleições presidenciais, o candidato dos democratas, Joe Biden, criticou Trump por sua postura sobre a Venezuela e o acusou de admirar "bandidos e ditadores como Maduro".
"Como presidente, vou estar do lado do povo da Venezuela e da democracia", afirmou Biden em sua conta do Twitter em um comentário da entrevista de Axios.
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