A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira que ainda é possível controlar a epidemia de coronavírus, embora o número de casos "tenha mais que dobrado nas últimas seis semanas".
"Existem muitos exemplos em todo o mundo que mostraram que, embora a epidemia seja muito intensa, ainda pode ser controlada", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, à mídia, citando os casos da Espanha em Itália e Coreia do Sul.
"Somente ações agressivas combinadas com a unidade nacional e a solidariedade global podem reverter o caminho da pandemia", alertou.
O chefe da OMS mais uma vez enfatizou a importância de aplicar testes de detecção, rastrear casos e isolar pacientes "para quebrar as redes de transmissão".
A nova pandemia de coronavírus causou mais de 555.000 mortes em todo o mundo desde que o escritório da OMS na China informou o início da doença no final de dezembro, de acordo com um relatório da AFP baseado em fontes oficiais.
Mais de 12 milhões de casos foram diagnosticados oficialmente, e pelo menos 6,5 milhões pessoas são atualmente considerados curadas.
Entretanto, à medida que o desconfinamento avança em muitos países, aumentam os temores de uma nova onda epidêmica.
Quando os casos reaparecem, é preciso "agir rapidamente", insiste Maria Van Kerkhove, funcionária da OMS responsável pela situação da COVID-19.
Michael Ryan, outro funcionário da OMS, pediu às autoridades que "eliminem rapidamente bolsões de infecção" para evitar o confinamento de países inteiros.