O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, anunciou nesta segunda-feira a renúncia de seu governo, após o "terremoto" causado pelas explosões mortais no porto de Beirute.
O chefe do governo, que se apresenta como independente, responsabilizou a classe política tradicional por seus fracassos, criticando a "corrupção" que levou a "este terremoto que atingiu o país". "Hoje estou anunciando a renúncia deste governo", disse ele em um discurso televisionado dirigido aos libaneses.
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Três membros do ministério do Líbano renunciam
A ministra libanesa da Justiça, Marie-Claude Najm, apresentou o pedido de demissão nesta segunda-feira (10). "A ministra apresentou sua renúncia", afirmou uma fonte do ministério da Justiça. No domingo, os ministros da Informação e do Meio Ambiente abandonaram o governo. Além dela, dois ministros renunciaram neste domingo (9) no Líbano, onde foram registrados confrontos pelo segundo dia consecutivo entre as forças de segurança e manifestantes enfurecidos contra a classe política, acusada de negligência na explosão que devastou o porto de Beirute.
A primeira renúncia desde a explosão de terça-feira que deixou pelo menos 158 mortos, mais de 6.000 feridos e 300.000 pessoas desabrigadas fio da ministra da Informação, Manal Abdel Samad. "Após a enorme catástrofe de Beirute, apresento minha demissão do governo", declarou a ministra. "Peço desculpas aos libaneses, não soubemos responder às expectativas", explicou.
Horas mais tarde, quem também entregou o cargo foi o ministro libanês do Meio Ambiente e Desenvolvimento Administrativo, Damianos Kattar. "Diante desta enorme catástrofe e um regime estéril que falhou em diversas oportunidades, decidi renunciar do governo", anunciou Kattar em comunicado. A imprensa libanesa também especulava com outras possíveis demissões no Executivo.
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