A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou a Europa nesta terça-feira (15) de que é hora de tomar decisões sobre como enfrentar a pandemia covid-19, já que os casos dispararam, enquanto o verão termina e as crianças voltam às aulas.
O diretor de emergência da OMS, Michael Ryan, disse que é hora de tomar decisões difíceis para proteger os mais vulneráveis e manter os mais jovens na educação.
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"A Europa vive aquele momento em que começa [...] a época em que as pessoas voltarão a estar em locais fechados. A pressão do contágio vai sem dúvida aumentar", declarou em teleconferência de imprensa.
"Como podemos manter esses dois princípios: proteger os vulneráveis da morte e levar nossos filhos de volta à escola? Algo, em certo sentido, tem que acontecer", acrescentou.
Ryan observou que, embora não existam respostas simples, é preciso fazer concessões para ajudar os mais jovens e os mais idosos.
"O que é mais importante: que os nossos filhos voltem às aulas ou que os bares e discotecas estejam abertos?", questinou Ryan, garantindo que "chegou a hora de tomar decisões à medida que a estação entra nos meses de inverno".
A OMS registrou na sexta-feira (11) um recorde de casos confirmados em um dia na Europa, com 53.873 infecções.
Este aumento disparou alarmes no continente e reacendeu o debate sobre como combatê-lo, com o retorno de milhões de crianças em idade escolar às salas de aula.
De acordo com Maria Van Kerkhove, diretora-técnica em covid-19 na OMS, disse que o surto na Europa se deve em parte a uma melhora na capacidade de teste e monitoramento.
No entanto, "parte desse ressurgimento está atingindo níveis superiores aos que vimos em abril e maio", explicou.
"Se ocorrerem reuniões, especialmente em ambientes lotados, em ambientes fechados com pouca ventilação, o vírus se espalhará", acrescentou.
Nove meses após o início da crise, há uma imagem mais clara de como o novo coronavírus afeta os jovens, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Pessoas com menos de 20 anos de idade foram responsáveis por menos de 10% dos casos e menos de 0,2% das mortes.
De acordo com Tedros, as escolas deveriam ser fechadas "como último recurso" em áreas com alta transmissão.
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