Resultados obtidos em testes clínicos e divulgados na manhã desta segunda-feira (26), pelo jornal internacional Financial Times, apontam que a vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a empresa farmacêutica AstraZeneca, deve gerar uma resposta robusta na imunidade entre idosos, um dos grupos de risco para a covid-19. A vacina de Oxford faz parte de um acordo com o governo federal no Brasil, num projeto que envolve a Fiocruz.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia declarado estar otimista em relação ao bom desempenho dos testes clínicos das vacinas. Em 19 de outubro, por exemplo, Soumya Swaminathan, cientista-chefe da entidade, informou ter recebido dados positivos de diferentes vacinas sobre a imunização da população idosa, mas não chegou a citar nomes.
"Algumas vacinas em desenvolvimento estão mostrando resultado muito positivos em imunização de pessoas idosas", declarou a cientista. De acordo com ela, tais dados foram obtidos pela OMS após a fase 2 de testes. "Esperamos que tenhamos vacinas que sejam eficazes para os mais idosos. É importante protege-los com vacinas", completou.
Para especialistas, o resultado positivo obtido, no entanto, deve ser celebrado com cautela, já que isso não significa, necessariamente, que a vacina será segura de fato. Tal confirmação deve acontecer apenas mediante os dados de todos os idosos que participaram dos testes clínicos, o que deve acontecer entre novembro e dezembro deste ano.
Vacinação em massa
Documentos internos da OMS revelam ainda que uma campanha de vacinação em massa para covid-19 deve acontecer apenas em 2022. Projeções realizadas por entidades em todo o mundo estimam que a demanda por vacinas em 2021 será de cerca de 110 milhões de doses, destinadas à imunização dos profissionais de saúde.
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