Disputa

Eleições dos Estados Unidos: Joe Biden passa para liderança na Georgia e pode ser eleito nesta sexta

Democrata lidera com 253 delegados e poderá chegar a 269 se vencer na Georgia

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Publicado em 06/11/2020 às 6:51 | Atualizado em 06/11/2020 às 7:29
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Joe Biden - FOTO: ANGELA WEISS/AFP

A disputa nas eleições dos Estados Unidos chega ao seu quarto dia de apuração ainda sem a definição de quem deve ser o próximo presidente: o democrata Joe Biden ou o republicano Donald Trump, que busca a reeleição. No entanto, com o avançar da apuração nos últimos estados, há uma tendência para que Biden possa se sagrar vencedor ainda nesta sexta-feira (6). Isso porque ele virou na Georgia segundo a emissora CNN. A diferença, que chegou a ser de mais de 100 mil votos para Trump, agora está 917 pró-Biden, com 99% das urnas apuradas.

Na Geórgia ainda faltam cerca de 40 mil votos a serem contados, a maioria de centros urbanos perto de Atlanta, que tendem a votar nos democratas. A vantagem de Donald Trump caiu também na Pensilvânia, para 18.042 votos, na manhã desta sexta-feira. A diferença pouco antes das 7h (de Brasília) era de 0,27 ponto porcentual (49,56% a 49,29%).

Com 97% da apuração projetada na Pensilvânia, o atual presidente tinha 3.285.965 votos, contra 3.267.923 de Joe Biden. No Arizona, Estado onde vários veículos projetavam vitória de Biden, cerca de 300 mil votos ainda precisam ser apurados, segundo a CNN. Biden tem uma vantagem de 47.052 votos. Com 90% das urnas apuradas, Joe Biden tem 1.532.062 votos (50 1%), e Trump tem 1.485.010 (48.5). A vantagem de Biden é de 1,6 ponto porcentual.

A Georgia possui 16 delegados. Caso Biden vença lá, chegaria aos 269 delegados - ele tem 253 contra 214 de Trump. Assim, faltaria apenas mais um delegado para ser oficialmente eleito. Biden, contudo ainda lidera em Nevada (6 delegados) e no Arizona (11). Trump lidera não só na Pensilvânia (20) como ainda na Carolina do Norte (15) e Alaska (3).

A expectativa é que o resultado final na Georgia ocorra ainda nesta sexta-feira. A Pensilvânia recebe votos do correio até hoje e tem expectativa de também agilizar a apuração. Já em Nevada e no Arizona, a previsão é que os resultados mais consolidados saiam no fim da noite desta sexta. Na Carolina do Norte a apuração deve demorar mais já que há previsão de receber votos dos correios até o dia 12.

ENTENDA A ELEIÇÃO AMERICANA

Trump contesta contagem de votos

O presidente Donald Trump reiterou nessa quinta-feira (5), sem apresentar qualquer evidência concreta, que vai vencer as eleições nos Estados Unidos, as quais, afirmou, os democratas que apoiam Joe Biden estão tentando "roubar".

"Se contarem os votos legais, ganho facilmente. Se contarem os votos ilegais, podem tentar roubar de nós a eleição", disse o presidente republicano, durante pronunciamento à imprensa na Casa Branca, quando suas chances de se reeleger estão por um fio.

Trump disse que sua equipe de campanha deu início a uma "tremenda quantidade de litígios" para contrabalançar o que chamou de "corrupção dos democratas", mesmo depois de vários funcionários em estados onde a corrida continuava acirrada defenderem a integridade da votação.

"Não podemos permitir que ninguém amordace nossos eleitores e invente resultados", disse. "Tenho a sensação de que os juízes vão ter que decidir, afinal".

O presidente reiterou acusações infundadas de fraude eleitoral, como fez ao se declarar o vencedor das eleições, na madrugada de quarta-feira, horas depois do fechamento das urnas, em 3 de novembro, quando ameaçou ir até a Suprema Corte.

"Estão tentando fraudar as eleições. E não podemos permitir que isto aconteça", afirmou nesta quinta, em alusão aos democratas.

Trump também considerou que as pesquisas de intenção de voto, realizadas por veículos de comunicação e que durante meses apresentaram Biden como o favorito, foram "uma interferência eleitoral no verdadeiro sentido da palavra por poderosos interesses especiais".

O presidente parece cada vez mais isolado dentro do Partido Republicano, enquanto a apuração prosseguia em vários estados e Biden permanecia na dianteira, mais próximo do que ele do número de votos no Colégio Eleitoral necessários para chegar à Casa Branca.

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