EUA

Juiz da Suprema Corte nega pedido para suspender apuracão no estado da Pensilvânia

O democrata Joe Biden assumiu a liderança na Pensilvânia, estado que seria decisivo para vencer a eleição

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Publicado em 07/11/2020 às 8:27 | Atualizado em 07/11/2020 às 8:54
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VOTAÇÃO NOS eua - FOTO: ETHAN MILLER/AFP

Um juiz da Suprema Corte de Justiça americana negou nesta sexta-feira (6) um pedido dos republicanos da Pensilvânia para interromper a apuração dos votos recebidos após o dia das eleições, remetendo a impugnação ao plenário do tribunal, para que se pronuncie neste sábado (7).O juiz Samuel Alito ordenou à Pensilvânia, no entanto, que separe os votos que chegaram depois do dia 3, confirmando uma decisão anterior tomada por autoridades eleitorais daquele estado.

O democrata Joe Biden assumiu a liderança na Pensilvânia, estado que seria decisivo para vencer a eleição.Os republicanos questionam há meses a decisão da Pensilvânia de aceitar cédulas com carimbo do dia 3 de novembro que cheguem até três dias depois da data da eleição. A suprema corte estadual julgou que a decisão é legal, mas os republicanos recorreram na esfera federal.

Biden, que está prestes a conquistar a Casa Branca, pediu nesta sexta-feira aos americanos que virem a página em suas divisões, e prometeu que não perderá tempo diante da Covid-19, no momento em que o país registrou um recorde de novos casos da doença pelo terceiro dia consecutivo.

Em discurso pronunciado na última noite, com tom de presidente eleito, Biden repetiu que acredita na vitória, mas disse que irá aguardar o fim do processo eleitoral. Também garantiu que irá combater a pandemia, que deixou mais 127 mil infectados no país nas últimas 24 horas.

"Devemos deixar a raiva - e a demonização - para trás. É hora de nos unirmos como nação e nos curarmos", disse Biden em sua cidade natal, Wilmington, Delaware, acompanhado de sua companheira de chapa, a senadora Kamala Harris."Minha responsabilidade como presidente será representar toda a nação", assinalou o democrata, traçando um forte contraste com os quase quatro anos de governo provocador de Trump.

Biden indicou que ele e Kamala já haviam se reunido com especialistas para discutir como conter o forte aumento dos casos de Covid-19 no país, o mais atingido pela pandemia. "Quero que todos saibam que, desde o primeiro dia, colocaremos em prática nosso plano para controlar esse vírus", garantiu. "Isso não pode trazer de volta nenhuma das vidas perdidas, mas irá salvar muitas vidas nos próximos meses."

Apuração

Biden estava mais perto de tomar a Casa Branca do republicano Donald Trump, mas a apuração lenta dos votos seguiu mantendo os Estados Unidos e o mundo em suspense, três dias após o fechamento das urnas.Trump advertiu nesta sexta-feira que seu rival não deveria reivindicar uma vitória eleitoral "erroneamente", apontando que ele também poderia assumir o triunfo. "Os processos judiciais estão apenas começando!", alertou no Twitter.

A vantagem do presidente, 74 anos, foi diminuindo em vários estados quando começaram a ser contados os votos pelo correio, que bateram recorde este ano devido à pandemia de covid-19, o que tem favorecido principalmente Biden. Biden, 77 anos, continuava a crescer na Pensilvânia, que lhe daria 20 votos eleitorais cruciais para cruzar o limiar dos 270 votos exigidos no Colégio Eleitoral para ganhar a presidência dos Estados Unidos.

Na Pensilvânia, estado natal de Biden, onde Trump venceu há quatro anos, o candidato democrata liderava frente o presidente republicano por 20.000 votos, uma margem estreita, que, provavelmente, exigirá uma recontagem.

 

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