A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, afirmou que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) pode autorizar a comercialização das vacinas da
BioNTech-Pfizer e
Moderna já na segunda metade de dezembro de 2020, em discurso após reunião com chefes de Estados europeus. A dirigente ressaltou, porém, que isso só ocorrerá caso "tudo proceda sem problemas" até a data.
A União Europeia já fechou contratos com Sanofi, Johnson&Johnson, BioNTech, Curevac e AstraZeneca por doses de suas candidatas à vacina contra o novo
coronavírus, e segundo von der Leyen, o bloco mantém negociações com Moderna e está em conversas com a Novavax.
A presidente da CE também mostrou preocupação quanto aos números da segunda onda de covid-19 na Europa, e alertou para um possível novo ressurgimento do vírus no continente caso o relaxamento das medidas restritivas recém-adotadas aconteça de maneira apressada. "Proporemos um plano de relaxamento gradual para evitar que uma terceira onda atinja a Europa", informou von der Leyen.
Estímulo fiscal
Ao comentar a decisão da Polônia e Hungria, membros da UE, de vetar o orçamento de 1,8 trilhão de euros para o plano de recuperação da Europa após a crise da covid-19, von der Leyen afirmou que a situação é preocupante e as empresas e negócios do continente "esperam urgentemente por estímulos fiscais". O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, reiterou a posição da dirigente e afirmou que a União Europeia precisa "colocar em prática" o plano acordado anteriormente.