O México aplicou nesta quinta-feira (24) em uma enfermeira de 59 anos a primeira dose da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer/BioNTech. A enfermeira María Irene Ramírez recebeu a dose em uma cerimônia ao ar livre no Hospital Geral, na Cidade do México, onde teve início a primeira fase da vacinação com os profissionais da saúde que atuam no combate à doença.
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"Estou um pouco nervosa, mas muito feliz. É o melhor presente que poderia receber em 2020, dá mais segurança e ânimo para seguir na guerra contra um inimigo invisível. Temos medo, mas devemos seguir", disse Ramírez, com o rosto protegido, antes de receber a vacina.
O tratamento inclui a aplicação de uma segunda doses dentro de três semanas, anunciaram as autoridades. O México assumiu a dianteira na vacinação dos profissionais de saúde na América Latina, ao lado do Chile, que nesta quinta-feira também iniciou o plano de imunização com a mesma vacina dos laboratórios americano e alemão.
A pandemia provocou mais de 120.000 mortes e mais de 1,35 milhão de contágios no país de 129 milhões de habitantes.
"São poucas doses, mas (...) o México é o primeiro na América Latina a ter esta vacina. Os que estão arriscando suas vidas para salvar outros são os primeiros a recebê-la", disse o presidente Andrés Manuel López Obrador.
O chefe de Estado de 67 anos indicou que espera ser vacinado em março, quando chegará sua vez de acordo com o cronograma estabelecido pelo governo de acordo com o nível de risco e a idade.
A segunda pessoa a receber a vacina foi uma enfermeira de Querétaro e a terceira um médico de Toluca, cidades da região central do país.
No decorrer do dia serão inoculadas 2.975 pessoas que trabalham em unidades de covid-19, incluindo médicos, enfermeiras, auxiliares de enfermagem, trabalhadores de laboratório e funcionários de limpeza.
A campanha começou um dia após a chegada ao país, por transporte aéreo, do primeiro lote de 3.000 vacinas a partir da Bélgica.
As doses são protegidas pelas Forças Armadas e têm um chip para permitir que sejam monitoradas.
As primeiras vacinas servirão para "calibrar a cadeia de frio" de -70ºC exigida e para ajustar o processo em caso de necessidade, informou o chanceler Marcelo Ebrard, que coordena a gestão para a aquisição das vacinas.
O México assinou convênios por 1,659 bilhão de dólares com diversos laboratórios para a compra de até 200 milhões de doses que permitirão imunizar, gratuitamente, até 116 milhões de mexicanos entre 2020 e 2021, de acordo com a secretaria de Fazenda.
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