Julgamento

Câmara dos Estados Unidos aprova segundo impeachment de Trump; processo vai ao Senado

Trump é o primeiro presidente americano a enfrentar dois processos de impeachment

Imagem do autor Imagem do autor
Cadastrado por

AFP, Estadão Conteúdo

Publicado em 13/01/2021 às 19:14 | Atualizado em 13/01/2021 às 20:49
Notícia
X

Donald Trump se tornou, nesta quarta-feira (13), o primeiro presidente americano a enfrentar um processo de impeachment pela segunda vez, quando uma maioria bipartidária na Câmara dos Representantes votou por acusá-lo de incitar a invasão ao Capitólio, sede do Congresso, na semana passada.

O impeachment foi aprovado com 232 votos a favor e 197 contra. Dos integrantes do partido do presidente, 10 votaram para destituí-lo.

O processo segue agora para o Senado, mas não deve ser analisado na Casa antes de 19 de janeiro, um dia antes do fim do mandato de Trump.

"Ao incitar um ataque mortal ao solo sagrado da nossa democracia americana, Donald Trump provou-se incapaz de cumprir os deveres da presidência por mais um segundo sequer", disse a presidente da Câmara, Nancy Pelosi.

>> Armas à mostra e vidros quebrados: apoiadores de Trump levaram o caos ao Congresso

>> Mundo reage em choque à invasão do Capitólio nos Estados Unidos

>> Após invasão, Congresso retoma sessão para certificar vitória de Biden

Trump se tornou o primeiro mandatário americano a sofrer impeachment na Câmara duas vezes. Em 18 de dezembro de 2019, a Casa aprovou a destituição do republicano, mas ele foi absolvido no Senado. Naquela vez, Trump era acusado de pressionar o mandatário da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, a abrir uma investigação contra Hunter Biden, filho do então pré-candidato do Partido Democrata à presidência.

A pressão pelo novo processo de impeachment cresceu depois que Trump incentivou apoiadores, durante um discurso, a marcharem até o Capitólio para interromper a certificação de Biden. Desde que perdeu a eleição, em novembro de 2020, o republicano insiste, sem provas, que houve fraude no pleito.

Nesta quarta-feira, o líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, descartou a possibilidade de convocar uma sessão extraordinária nesta sexta-feira, 15, para analisar o impeachment, como chegou a ser especulado.

Dessa forma, uma votação sobre a destituição de Trump não deve ocorrer antes da posse do presidente eleito do país, Joe Biden, em 20 de janeiro. A próxima sessão regular da Casa está marcada para o dia 19.

Em nota a seus correligionários, McConnell disse que ainda não decidiu como votará no impeachment de Trump, mas garantiu que ouvirá os argumentos quando eles forem apresentados ao Senado.

Tags

Autor