Índia inicia exportação da vacina contra covid-19 nesta quarta-feira (20); Brasil ainda não será atendido
A exportação acontecerá para o Butão, Maldivas, Bangladesh, Nepal, Mianmar e Seychelles
A Índia confirmou nesta terça-feira (19) que dará início a exportação de vacinas contra a covid-19 nesta quarta-feira (20). De acordo com o ministério das Relações Exteriores do país, a exportação acontecerá para o Butão, Maldivas, Bangladesh, Nepal, Mianmar e Seychelles. O Brasil, que aguarda o envio de 2 milhões de doses da vacina, não está incluído na lista.
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De acordo com o primeiro-ministro Narenda Modi, a Índia aguarda as autorizações regulatórias necessárias para enviar novas doses da vacina para o Sri Lanka, Afeganistão e ilhas Maurício.
"A Índia está profundamente honrada por ser um parceiro de longa data para atender às necessidades de saúde da comunidade global. O fornecimento de vacinas contra Covid para vários países começará amanhã e mais virão nos próximos dias", escreveu Modi em uma rede social.
No país, são desenvolvidas doses da vacina da Universidade de Oxford em parceira com a farmacêutica Astrazeneca. A previsão é de que o primeiro lote de exportações seja enviado para o Butão nesta quarta-feira (20). Outras 2 milhões de doses serão enviadas para Bangladesh na quinta-feira (21).
Brasil
Na última sexta-feira (15), um voo da Azul que sairia do Recife em direção à Mumbai, na Índia, para buscar 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford contra covid-19 foi adiado. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu que 'pressões políticas' na Índia, que está começando sua campanha de imunização, retardaram a operação.
O Ministério das Relações Exteriores tinha dito que a dificuldade era "puramente logística", ou seja, não haveria veto da Índia para a exportação das doses, produzidas pelo laboratório indiano Serum. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, telefonou na noite de quinta-feira (14) ao chanceler da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, e reiterou o pedido para importação da vacina. Segundo o Itamaraty, o governo indiano mostrou "boa vontade" em liberar a carga, mas apontou "dificuldades logísticas".