Chile aprova vacina da AstraZeneca, a terceira para combater a covid-19
Até esta quarta-feira, o Chile somava mais de 709 mil infectados e mais de 18 mil mortes
O Chile aprovou nesta quarta-feira (27) a vacina contra a covid-19 do laboratório britânico AstraZeneca, do qual espera receber mais de 6 milhões de doses, e se tornou o terceiro imunizante autorizado após os da americana Pfizer e da chinesa Sinovac, informou o Instituto de Saúde Pública (ISP).
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Um comitê de especialistas do ISP autorizou o uso da vacina britânica, após concluir que tem 64% de eficácia contra a covid-19. A aplicação do imunizante será feito em duas doses com 28 dias de intervalo, em maiores de 18 anos para determinar que é "segura e eficaz", explicou o diretor desta instituição, Heriberto García, durante coletiva de imprensa.
"Não podemos estar mais contentes de que tenhamos conseguido uma terceira vacina para o Chile", depois de ter aprovado a Pfizer/BioNtech em 16 de dezembro e a Sinovac na semana passada, explicou García.
O Chile vai receber 6,65 milhões de doses da vacina da AstraZeneca a partir de março e abril, quatro milhões diretamente do laboratório e o restante mediante a iniciativa global COVAX, explicou o subsecretário de Relações Econômicas Internacionais, Rodrigo Yáñez.
A autorização da vacina britânica no Chile ocorre em meio a uma polêmica provocada pelo anúncio na sexta-feira passada da AstraZeneca sobre atrasos na entrega das doses encomendadas pela União Europeia, que tinha previsto dar seu aval a esta vacina esta semana.
O Chile já acordou com a Pfizer a chegada de 10 milhões de doses, das quais cerca de 150.000 já foram administradas. Enquanto isso, a Sinovac também prometeu 10 milhões e nesta quinta-feira são esperadas as primeiras 2 milhões de imunizantes do laboratório chinês, confirmou o presidente chileno Sebastián Piñera em sua conta no Twitter.
Até esta quarta-feira, 56.579 pessoas tinham recebido a primeira dose da vacina Pfizer e 10.315 a segunda, segundo o Ministério da Saúde. Piñera assegurou o fornecimento de 30 milhões de vacinas, com o objetivo de imunizar 15 dos 18 milhões de habitantes do país até junho. Especialistas expressaram suas dúvidas em relação aos prazos previstos diante das dificuldades dos laboratórios em atender a demanda mundial.
Até esta quarta-feira, o Chile somava mais de 709 mil infectados e mais de 18 mil mortes, após o primeiro caso confirmado de coronavírus em março de 2020.