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Mortalidade por covid-19 em UTIs diminui mas pode estagnar, aponta estudo

A mortalidade por covid-19 em UTIs diminuiu 36% em outubro, indica o estudo, realizado com mais de 43 mil pacientes em vários países

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AFP

Publicado em 01/02/2021 às 22:11
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A melhora no atendimento hospitalar em geral reduziu o índice de mortalidade nas UTIs em mais de um terço desde os primeiros meses da pandemia, mas esse progresso pode ficar estagnado, aponta um estudo publicado nesta terça-feira pela revista "Anesthesia".

A mortalidade por Covid-19 em UTIs diminuiu 36% em outubro, indica o estudo, realizado com mais de 43 mil pacientes em vários países. Segundo análise anterior feita pelos autores, divulgada em julho, a mortalidade global dos pacientes com a doença em UTIs passou de quase 60% no fim de março para 42% no fim de maio.

Os dois estudos, realizados pelo especialista em anestesia Tim Cook juntamente com colegas britânicos, são metanálises que compilam diversos trabalhos. "Depois que nossa primeira metanálise, no ano passado, mostrou uma forte queda da mortalidade de março a maio, a atualização da análise mostra que a redução da taxa de mortalidade entre junho e outubro de 2020 parece ter estagnado ou atingido seu pico", assinalam os autores.

O estudo usou dados de 52 pesquisas sobre 43.128 pacientes procedentes de Europa, América do Norte e China, regiões incluídas na análise anterior, bem como relatórios do Oriente Médio, sul da Ásia e Austrália. O conhecimento sobre o que funciona progrediu, destacam os especialistas.

Os esteroides, como a dexametasona, podem ser usados em pacientes conectados ao oxigênio ou a um ventilador, para aumentar as suas chances de sobrevivência. Também é provável que os tratamentos tenham evoluído ao longo do ano, com mudanças na oxigenoterapia ou na gestão da coagulação sanguínea.

Os autores também questionam o possível impacto das novas variantes de coronavírus em pacientes internados em UTIs. Peter Horby, diretor do ensaio clínico Recovery, o qual concluiu que a dexametasona é eficaz, estima que os medicamentos devem continuar surtindo efeito com as novas variantes, uma vez que atuam na resposta imunológica, e não no vírus.

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