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Rainha Elizabeth II se despede de seu marido, o príncipe Philip

Marido da rainha Elizabeth II durante mais de sete décadas, o príncipe Philip, que havia passado recentemente por uma cirurgia cardíaca, faleceu nessa sexta-feira (9), aos 99 anos

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AFP

Publicado em 17/04/2021 às 15:02 | Atualizado em 17/04/2021 às 15:03
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O caixão do Príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, foi enterrado neste sábado (17) no jazigo real da Capela de São Jorge em Windsor, residência real a cerca de 50 km a oeste de Londres, onde seu funeral foi realizado.

Os restos mortais do duque de Edimburgo permanecerão lá até que a monarca se reúna com ele após sua morte. O casal reunido ficará então na Capela do Memorial do Rei George VI, pai de Elizabeth II.

Assim, a rainha se despediu do homem com quem esteve casada durante 73 anos, a sua "força e apoio", em um funeral sóbrio ao estilo militar com máscaras e poucos convidados devido à pandemia.

A cerimônia começou com um minuto de silêncio antes do início do serviço religioso na capela gótica do século 15 localizada no Castelo de Windsor de quase mil anos, cerca de 50 km a oeste de Londres.

Os quatro filhos e vários netos do casal real caminharam ao lado da Land Rover desenhada por Philip que carregou seu caixão durante um breve cortejo fúnebre pelos jardins do castelo.

A rainha os seguiu em um carro, um Bentley oficial, com uma dama de companhia.

No entanto, a monarca, que completa 95 anos nesta quarta-feira, sentou-se sozinha na capela para se despedir do marido, o homem com quem ela se casou ainda princesa em 1947.

Um coro de quatro cantores apresentou temas escolhidos pelo próprio duque de Edimburgo, incluindo dois que ele encomendou aos compositores britânicos Benjamin Britten em 1961 e William Lovelady em 1996.

O decano de Windsor, Dean David Conner, relembrou a "vida de serviço" de Philip. Após o funeral, presidido pelo Arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual dos anglicanos, o duque foi transportado em privado para o jazigo real da Capela de São Jorge para ser enterrado.

O príncipe consorte, falecido em Windson em 9 de abril, dois meses antes de seu centésimo aniversário, foi companhia constante de Elizabeth II, coroada com apenas 25 anos em 1952, quando o Reino Unido se reconstruia após a Segunda Guerra Mundial e seu império começava a perder força.

A monarca publicou neste sábado uma foto comovente do casal descontraído no Parque Nacional Cairngorms da Escócia em 2003.

Imagens de momentos marcantes do casamento foram divulgadas nas redes sociais da família real.

Muitos especialistas asseguram que foi Philip quem administrou com mão de ferro uma família marcada por crises, ajudando a rainha a resistir aos escândalos.

Todos os olhares se voltaram para os príncipes William e Harry, cujas relações estão tensas, em busca de algum sinal de reconciliação.

Esta foi a primeira aparição pública de Harry de 36 anos com a realeza desde que ele e sua esposa Meghan, que não viajou para o Reino Unido porque está grávida, abandonaram seus deveres reais e se mudaram para a Califórnia.

Harry, entretanto, não caminhou ao lado de seu irmão de 38 anos. Entre eles estava seu primo Peter Phillips, alimentando especulações sobre um desentendimento que persiste. Mas, os dois saíram conversando no final da cerimônia, acompanhados da esposa de William, Kate, em um possível sinal de reconciliação.

Devido ao coronavírus, os britânicos foram aconselhados a não viajar para Windsor. Mesmo assim, alguns decidiram fazer a viagem enquanto a maior parte do país acompanhava o ato pela televisão, como o primeiro-ministro Boris Johnson fez de sua residência no campo de Chequers.

"As pessoas não deveriam vir, mas este é um grande evento, o único em uma geração. O duque foi especial, então esperamos por muitas pessoas", disse à AFP Mark, 57 anos, um entre dezenas de policiais nas ruas de Windsor.

"Foi muito importante para mim estar aqui hoje", disse, considerando que "era um bom homem" e "o país vai sentir falta dele", disse Kaya Mar, um pintor de 65 anos que chegou no primeiro trem de Londres com um grande retrato de Philip debaixo do braço.

Coberto com sua espada, seu boné naval e seu estandarte pessoal, o caixão do duque foi transportado pela manhã por carregadores do Primeiro Batalhão de Granadeiros - do qual Philip foi coronel por 42 anos - da capela particular da família real para outro salão do castelo.

Antes da procissão, os guardas reais e dezenas de representantes de outros corpos militares posicionaram-se, perfeitamente alinhados, no gramado impecável do pátio central do castelo enquanto soava a fanfarra.

Sob um sol forte, a carruagem pessoal do duque chegou ao local, puxada por seus dois pôneis. Nos degraus de acesso à capela, posicionaram-se os representantes da cavalaria, vestidos de gala e capacetes com longas plumas. Os carregadores então entraram com o caixão, para a cerimônia final.

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