Novo dia de protestos contra o passaporte de saúde na França
De acordo com as autoridades, a epidemia de covid-19 já causou mais de 114.000 mortes na França
Milhares de pessoas protestaram novamente neste sábado(28) nas ruas de Paris e em mais de 200 cidades da França contra o passaporte de saúde imposto pelo governo. Pela sétima semana consecutiva, vários grupos marcharam desde as primeiras horas da tarde gritando: "liberdade!" e "resistência!"
Todos os sábados, desde julho, centenas de milhares de pessoas se reúnem nas ruas, entre diferentes grupos como os "coletes amarelos", militantes antivacinas, apoiadores de teorias da conspiração e opositores do governo de Emmanuel Macron. No entanto, nas últimas duas semanas, o número de manifestantes diminuiu drasticamente.
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A exigência do passaporte de saúde em bares, restaurantes, transportes intermunicipais ou mesmo hospitais pode ser prorrogada além de 15 de novembro, limite estabelecido em lei, "se a covid não desaparecer de nossas vidas", alertou o ministro da Saúde, Olivier Véran.
Para Virginie, uma horticultora de 46 anos, que não quis revelar seu sobrenome e que se manifestou em Rennes (oeste), a exigência "é um escândalo". "Esta vacina ainda é experimental, não é confiável, é ainda mais perigosa do que a covid, que não é pior do que uma gripe forte", disse ela.
De acordo com as autoridades, a epidemia de covid-19 já causou mais de 114.000 mortes na França. O passaporte de saúde, exigido desde 16 de agosto, também será imposto a partir de segunda-feira aos funcionários dos locais onde se exige a comprovação dos clientes. O empregado que se recusar a apresentá-lo poderá ter seu contrato de trabalho suspenso.
Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, mais de 48 milhões de franceses (71% da população) receberam pelo menos uma dose e 42,7 milhões têm o esquema completo.