CORONAVÍRUS

OMS recomenda o medicamento Regeneron para tratamento da covid-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o remédio à base de anticorpos sintéticos particularmente para idosos e pessoas com problemas imunológicos

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AFP

Publicado em 23/09/2021 às 23:52
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou oficialmente um terceiro tratamento contra a covid-19, o Regeneron, um remédio à base de anticorpos sintéticos, particularmente para idosos e pessoas com problemas imunológicos.

O tratamento é recomendado para pacientes "com sintomas não severos da covid e com alto risco de hospitalização", como é o caso dos idosos com problemas de imunodeficiência (que sofrem de câncer ou acabam de se submeter a um transplante, por exemplo).

A decisão dos especialistas da OMS foi publicada na revista médica The BMJ.

O então presidente americano Donald Trump recebeu este tratamento ainda em fase experimental quando testou positivo para a covid-19, entre setembro e outubro de 2019.

O Regeneron é recomendado também para pacientes que apresentam "um quadro severo ou crítico e que são soronegativos, ou seja, que não desenvolveram sua própria resposta em anticorpos" à infecção.

"Para todos os outros tipos de pacientes com covid-19, é pouco provável que os benefícios aportados por este tratamento de anticorpos sejam significativos", explicou o The BMJ em comunicado.

Concebido pela empresa de biotecnologia Regeneron, o medicamento é comercializado com o nome Ronapreve pela Roche.

Este novo tratamento combina dois anticorpos (denominados "monoclonais"), fabricados em laboratório, o casirivimab e o imdevimab. Injetados por via intravenosa, ajudam a fortalecer o sistema imunológico.

Visto que o produto tem um custo elevado e pouca disponibilidade, a OMS negocia com a Roche uma redução de preço, especialmente para países de renda média e baixa.

A OMS já tinha recomendado no ano passado o uso sistemático de corticoides para os pacientes severamente afetados pelo vírus. E em julho passado também recomendou outra classe de medicamentos, os "antagonistas da interleucina 6" (tocilizumab e sarilumab), além dos corticoides.

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