Rússia investiga morte de 18 pessoas por ingestão de álcool adulterado
Segundo o comitê de investigação, "várias pessoas venderam aos cidadãos um álcool [metanol] que era perigoso para a vida e a saúde" durante as duas últimas semanas em Ekaterimburgo
As autoridades da Rússia abriram neste sábado (16) uma investigação sobre a morte de 18 pessoas na região de Sverdlovsk, nos Montes Urais, após o consumo de álcool adulterado, a segunda tragédia deste tipo registrada em menos de duas semanas no país.
Segundo o comitê de investigação, "várias pessoas venderam aos cidadãos um álcool [metanol] que era perigoso para a vida e a saúde" durante as duas últimas semanas em Ekaterimburgo, o principal centro urbano da região dos Urais. "Após a ingestão desse líquido, 18 pessoas morreram", detalhou o comitê em um comunicado, no qual também informou que duas pessoas foram detidas.
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Segundo a nota, uma investigação foi aberta por "venda de produtos que não estão dentro dos padrões e que provocaram morte por negligência", um crime que pode render penas de até dez anos de reclusão. No início de outubro, pelo menos 36 pessoas morreram na região de Oremburgo após ingerirem álcool adulterado que continha metanol, um produto altamente tóxico.
As mortes por consumo de álcool adulterado ou produtos tóxicos são frequentes na Rússia, um país onde 21 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza. O preço da vodca comercial é proibitivo para milhões de russos, que, por falta de recursos, obtêm álcool de cosméticos, produtos de limpeza e anticongelantes para automóveis.