IMUNIZAÇÃO

Estados Unidos pode começar a imunizar crianças de 5 a 11 anos contra covid-19 com vacina da Pfizer

As autoridades sanitárias deram luz verde, nesta terça (2º), ao uso da vacina nas cerca de 28 milhões de crianças de 5 a 11 anos no país

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AFP

Publicado em 02/11/2021 às 21:57
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As autoridades sanitárias americanas deram luz verde ao uso da vacina contra a covid-19 da Pfizer-BioNTech nas cerca de 28 milhões de crianças de 5 a 11 anos no país.

Poucos dias após ser aprovada pela agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos (FDA), a vacina foi recomendada nesta terça-feira (2) pelos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC), o último passo para iniciar a vacinação nesta faixa etária.

"Como mãe e como médica, sei que os pais, os cuidadores, os professores e as crianças estavam esperando ansiosamente esta autorização", disse Janet Woodcock, diretora interina da FDA, em comunicado.

"Vacinar as crianças pequenas contra a covid-19 é mais um passo para o retorno à normalidade", acrescentou.

Um comitê de especialistas independentes aprovou na terça-feira (26) a imunização para as crianças com entre 5 e 11 anos com a vacina da Pfizer. Nos testes clínicos, o fármaco apresentou uma eficácia de 90,7% na prevenção das formas sintomáticas da covid-19 nessa faixa etária.

A Pfizer e a BioNTech anunciaram esta semana que o governo dos Estados Unidos comprou mais 50 milhões de doses como parte do projeto de imunização das crianças, que eventualmente incluirá menores de 5 anos de idade.

A segurança da vacina foi estudada em mais de 3.000 crianças, e nenhum efeito colateral grave foi encontrado.

Nessa faixa etária, a vacina será administrada em duas doses de 10 microgramas, com intervalo de três semanas. A dose é de 30 microgramas para os maiores.

Casos graves de covid são mais raros em crianças do que em adultos, mas não são inexistentes. De acordo com o CDC, houve 8.300 hospitalizações de crianças entre as idades de 5 e 11 anos desde o início da pandemia e 146 mortes.

Entre os ricos de longo prazo está a síndrome inflamatória multissistêmica em crianças (MIS-C), uma complicação rara, mas grave, que afetou mais de cinco mil crianças de todas as idades e matou 46.

As autoridades de saúde continuarão monitorando os efeitos colaterais extremamente raros, como miocardite e pericardite (inflamação do coração e inflamação ao redor do coração). A empresa reiterou que não havia voluntários suficientes para poder detectá-los na fase de ensaios.

Além de proteger a saúde das crianças, os epidemiologistas acreditam que a vacinação desse grupo ajudará a acabar com as interrupções na escola e em outras atividades.

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