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"Até o momento, registramos 2.412 pessoas afetadas, 117 casas destruídas e 12 feridos", disse Miguel Yamasaki, diretor de Defesa Civil, ao atualizar o balanço de danos.
Ele acrescentou que um posto de saúde também foi afetado, assim como mais de 1,5 quilômetros de estradas.
O terremoto foi registrado às 5h52, horário local (7h52, em Brasília), com epicentro 98 quilômetros a leste de Santa María de Nieva, na região amazônica, a uma profundidade de 131 quilômetros, segundo o Instituto Geofísico Local.
A grande profundidade do terremoto fez com que a onda de choque fosse maior e afetasse quase metade do país, incluindo Lima, 1.000 km ao sul do epicentro.
"Não queremos ter consequências trágicas", disse o presidente peruano Pedro Castillo, que inspeciona a área afetada pelo segundo dia desta segunda-feira.
O ministro da Defesa, Juan Carrasco, informou que foi organizada uma ponte aérea com helicópteros das Forças Armadas para evacuar pessoas que estão isoladas no distrito de Jamalca, no Amazonas, após o desabamento de uma rodovia.
"O presidente está empenhado em recuperar todos os locais onde há pessoas isoladas, por meio do transporte aéreo. No momento estamos trabalhando na ponte aérea com o Comando Conjunto das Forças Armadas", afirmou Carrasco.
O último terremoto de grande magnitude e trágicas consequências ocorreu no porto de Pisco (200 km ao sul do Peru) em 15 de agosto de 2007, com 7,9 graus e 595 mortos.
O presidente indicou que ainda existem "pessoas à espera de serem resgatadas", às quais o governo fornecerá alimentos e tendas.
O Peru é sacudido a cada ano por pelo menos 400 terremotos perceptíveis, pois está localizado no chamado Círculo de Fogo do Pacífico, uma área de extensa atividade que se estende ao longo da costa oeste do continente americano.