VIOLÊNCIA

Mais de 70 mortos em combates entre as forças curdas e Estado Islâmico na Síria

Combates continuam, neste sábado (22), pelo terceiro dia consecutivo

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AFP

Publicado em 22/01/2022 às 10:15
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Os combates continuavam, neste sábado (22), pelo terceiro dia consecutivo, entre o grupo Estado Islâmico (EI) e as forças curdas no nordeste da Síria, após um grande ataque jihadista que deixou mais de 70 mortos. "Pelo menos 28 membros das forças de segurança curdas, cinco civis e 45 combatentes do Estado Islâmico foram mortos", informou Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

O EI lançou um ataque durante a noite de quinta para sexta-feira contra esta prisão, localizada na cidade de Hassake, que abriga cerca de 3.500 supostos membros do EI, incluindo líderes do grupo, disse o OSDH. De acordo com a ONG, que tem uma vasta rede de fontes na Síria, os jihadistas "apreenderam armas que encontraram" no arsenal do centro de detenção.

O OSDH também declarou que a prisão foi cercada por forças curdas com o apoio da força aérea da coalizão internacional e que centenas de prisioneiros do EI foram presos. Dezenas de detidos conseguiram escapar após este ataque, o maior desde a derrota do EI em 2019 na Síria, segundo a ONG.

As Forças Democráticas Sírias (SDF), dominadas por combatentes curdos, disseram em comunicado neste sábado que "continuam as operações para manter a segurança na cidade de Hassake e no perímetro da prisão de Ghwayran", com a ajuda da coalizão internacional e das forças de segurança curdas.De acordo com as FDS, os confrontos se concentram agora em bairros ao norte de Ghwayran, onde as incursões "mataram vários combatentes do EI que atacaram a prisão".

Na sexta-feira, em comunicado divulgado pela "sua agência de notícias" Amaq, o grupo jihadista reivindicou a autoria do ataque à prisão, indicando que o objetivo desta operação era "libertar os presos". "O Estado Islâmico quer ir além de seu status de rede terrorista e criminosa e, para isso, precisa de mais combatentes", disse à AFP Nicholas Heras, do Instituto Newlines, em Washington.

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