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Estados Unidos colocam militares em alerta por situação na Ucrânia

Os Estados Unidos colocaram em alerta cerca de 8.500 militares, que poderiam ser mobilizados como parte das tropas da Otan no contexto da crise na Ucrânia

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AFP

Publicado em 24/01/2022 às 18:33 | Atualizado em 24/01/2022 às 23:41
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Os Estados Unidos colocaram em alerta cerca de 8.500 militares, que poderiam ser mobilizados como parte das tropas da Otan no contexto da crise na Ucrânia, anunciou nesta segunda-feira (24) o porta-voz do Pentágono, John Kirby.

"O número de efetivos que o ministro (da Defesa) pôs em alerta elevado chega a 8.500 homens", declarou, destacando que "não foi tomada nenhuma decisão sobre um deslocamento de forças fora dos Estados Unidos no momento". Mas, "está muito claro" que os russos "não têm a intenção atualmente de reduzir a escalada", acrescentou.

O nível de alerta elevado ajuda a preparar as tropas a estarem prontas para partir em cinco dias ao invés de dez, explicou o porta-voz.

Estas tropas interviriam em apoio à força de reação rápida da Otan, que tem 40.000 militares.

Esta força de reação "não foi ativada, é a Otan que deve fazê-lo", destacou John Kirby.

"Não nos mobilizamos agora", repetiu, "não estamos dizendo que a diplomacia está morta", acrescentou, enquanto Rússia e Estados Unidos continuam negociando para tentar desarmar a crise.

Mas, "está muito claro" que os russos "não têm a intenção atualmente de reduzir a escalada", acrescentou.

Os Estados Unidos garantiram nesta segunda-feira (24) que não têm "nenhuma divergência" com os europeus sobre as sanções sem precedentes que seriam impostas à Rússia se esta invadisse a Ucrânia, nem sobre a gravidade da situação.

"Não há ambiguidade", "não há nenhuma divergência", disse à imprensa o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price. "Sabemos disso e, o que é mais importante, a Federação da Rússia sabe", insistiu.

EUA diz 'não ter divergências' com europeus sobre Ucrânia

O presidente Joe Biden também expressou nesta segunda na Casa Branca que há uma "unanimidade total com os líderes europeus" sobre a crise na Ucrânia.

Pouco após a videochamada de pouco menos de uma hora e meia com vários líderes de países e instituições europeus, Biden declarou que foi uma "reunião muito, muito boa".

Anteriormente, o alto representante da União Europeia para as Relações Exteriores, o espanhol Josep Borrell, havia pedido que fossem evitadas reações "alarmistas". Os europeus parecem irritados com um suposto alarmismo dos americanos, que dão a sensação de considerar uma ofensiva russa como algo iminente.

Ao ser perguntado sobre o tema, Price respondeu: "Não vemos as discrepâncias que você está dizendo". "A ameaça que vemos não só é clara para nós, mas para todos os observadores", acrescentou.

O porta-voz relatou que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, falou hoje pela manhã com os líderes europeus para finalizar os detalhes da "resposta escrita" às exigências de Moscou. À tarde, foi a vez do presidente Joe Biden fazer o mesmo.

"Se um único soldado russo cruzar a fronteira" ucraniana, "é uma nova invasão", advertiu o porta-voz. "Provocaria uma resposta rápida, severa e unida dos Estados Unidos e de nossos aliados", assinalou, apesar de algumas informações apontarem que não existe consenso dentro da Otan sobre o alcance da resposta, sobretudo por parte da Alemanha.

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