Putin se diz disposto a negociar, mas incentiva traição do exército na Ucrânia: "Mais fácil entre vocês e eu"
Presidente ucraniano já admite desistência de entrada na Otan. Putin, embora tenha equipe preparada para negociação com o governo ucraniano, pede que exército tome poder
Atualizada às 15h55
Mesmo com o governo russo indicando estar com equipes prontas para negociações no território de Belarus, país que serviria de mediador para os entraves entre Rússia e Ucrânia, o presidente Vladmir Putin incentivou o exército ucraniano a tomar o poder no País.
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu negociações ao Kremlin em dois pronunciamentos nesta sexta-feira (25), chegando a falar em adoção de posição "neutra" do país, o que significaria não levar à frente a aliança com a Otan.
Zelensky está acuado após as tropas russa seguirem avançando nesta sexta-feira, alcançando Kiev, a capital ucraniana.
O presidente Vladimir Putin, por sua vez, disse estar disposto a enviar uma delegação para Minsk, capital de sua aliada Belarus, para negociações com a Ucrânia.
"Vladimir Putin está disposto a enviar uma delegação russa de alto nível para Minsk para negociações com uma delegação ucraniana", disse Peskov a agências russas de notícias.
Minsk já foi a cidade que recebeu anteriormente negociações e acordos de paz entre os dois países.
Ainda assim, o presidente russo pediu nesta sexta-feira (25) ao exército ucraniano para "tomar o poder" em Kiev e derrubar o presidente Volodymyr Zelensky e seu entorno, a quem chamou de "neonazistas e viciados em drogas".
"Tomem o poder em suas mãos. Acho que vai ser mais fácil negociar entre vocês e eu", disse Putin ao exército ucraniano em um discurso na televisão russa.
O presidente russo afirmou que não combate unidades do exército e sim formações nacionalistas que se comportam "como terroristas" usando civis "como escudos humanos".