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Petróleo mantém alta, puxado por embargo dos EUA à Rússia

O presidente americano, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (8) um embargo às importações de petróleo russo

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AFP

Publicado em 08/03/2022 às 21:45
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Os preços do petróleo mantiveram a trajetória de alta nesta terça-feira (8), impulsionados pelo embargo ao petróleo russo, anunciado pelos Estados Unidos e antecedido pelo Reino Unido, enquanto a guerra na Ucrânia não dá sinais de ceder.

Em Londres, o preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em maio fechou em alta de 3,87%, 127,98 dólares. Enquanto isso, em Nova York, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em abril subiu 3,60% a 123,70 dólares.

O presidente americano, Joe Biden, anunciou nesta terça um embargo às importações de petróleo russo, enquanto o Reino Unido informou que vai eliminá-las gradativamente até o fim do ano.

Os países da União Europeia, que recebem da Rússia aproximadamente 40% de suas importações de gás e um quarto das de petróleo, optaram por estabelecer a meta de reduzir em dois terços as importações de gás russo.

"O impacto imediato foi importante", comentou em nota de análise Borjnar Tonhaugen. Tanto o Brent quanto o WTI se valorizaram após este anúncio.

"Tinha sido integrado de certa forma pelo mercado", avaliou John Kilduff, da companhia de assessoria em investimentos Again Capital. "Nem os Estados Unidos, nem o Reino Unido importam quantidades significativas de petróleo ou produtos refinados russos".

PRODUÇÃO

A Agência americana de Informação sobre Energia (EIA) revisou para cima nesta terça suas estimativas de produção nos Estados Unidos para este ano e o próximo, a 12,03 milhões de barris diários em 2022 e 12,99 milhões em 2023, em ambos os casos acima de seus níveis de 2019, que já eram recorde.

Embora a produção cresça nos Estados Unidos, os produtores temem aumentar fortemente os volumes, devido à eventualidade de que o mercado sofra uma reversão da tendência.

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