ATAQUE NOS EUA: Estudante abre fogo em escola nos EUA e fere duas pessoas
O jovem, identificado como Austin Lyle, de 17 anos, abriu fogo justamente no meio de uma inspeção para determinar se estava ou não armado
Da AFP
Um estudante atirou em duas pessoas em uma escola e fugiu, iniciando uma ação da polícia nesta quarta-feira (22) em Denver, no episódio mais recente de violência armada que abala o sistema escolar dos Estados Unidos.
O jovem, identificado como Austin Lyle, de 17 anos, abriu fogo justamente no meio de uma inspeção para determinar se estava ou não armado, informou a polícia.
"Às 9:50 da manhã, aproximadamente, foi relatada uma chamada reportando um tiroteio na escola do ensino médio East", disse Ron Thomas, chefe da polícia de Denver. "Agentes e profissionais médicos chegaram ao local rapidamente e encontraram dois adultos com ferimentos a bala", acrescentou.
Os dois, que trabalham na administração da escola, foram levados ao hospital. Um deles se encontra em estado grave.
Thomas disse que o suspeito devia ser revistado todos os dias ao chegar à escola para verificar se não estava armado, segundo um acordo. Ele acrescentou que esses tipos de acordo são comuns quando o comportamento prévio de um estudante desperta preocupação.
O prefeito de Denver, Michael Hancock, disse que as autoridades consideravam o suspeito "armado e perigoso".
"Sabemos que é afro-americano, usa cabelo afro e veste casaco com capuz que tem um astronauta", disse Hancock aos jornalistas. "Pedimos que não se aproximem dele".
O tiroteio desta quarta ocorre justamente semanas depois que um estudante de 16 anos foi assassinado em seu carro fora do mesmo colégio.
As aulas na escola foram canceladas pelo resto da semana e quando forem restabelecidas, haverá agentes armados na instituição até o fim do ano letivo, informou o superintendente das escolas públicas de Denver, Alex Marrero.
O jornal Denver Post noticiou que a junta escolar da cidade havia votado em 2020 a favor de retirar os policiais das escolas no marco de uma mudança de perspectiva sobre raça e vigilância policial após a morte de George Floyd, um afro-americano que foi assassinado por policiais.
Membros da junta argumentaram que a presença de efetivos era negativa para os estudantes não brancos, disse o jornal.
TRAGÉDIAS RECORRENTES NOS ESTADOS UNIDOS
Os tiroteios nas escolas dos Estados Unidos são muito comuns, a ponto de estudantes em todo o país aprenderem como reagir quando há "um atirador ativo" na escola, e a opinião pública debate a pertinência, ou não, de armar os professores.
Embora a maioria dos americanos seja favorável a endurecer o controle sobre o porte de armas, os políticos não chegam a um acordo, com vozes conservadoras utilizando a Constituição para defender o direito de se armar.