GUERRA

Após deportação ilegal para a Rússia mais de 30 crianças voltam à Ucrânia

De acordo com Kiev, mais de 16.000 crianças ucranianas foram deportadas para a Rússia desde o início da invasão, em 24 de fevereiro do ano passado

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 08/04/2023 às 15:41 | Atualizado em 08/04/2023 às 15:51
SERGEI CHUZAVKOV/AFP
Os menores de idade viviam nas regiões Kharkiv (nordeste) e Kherson (sul) - FOTO: SERGEI CHUZAVKOV/AFP

AFP

Após terem sido levadas ilegalmente para a Rússia, 31 crianças retornaram à Ucrânia, segundo informações de uma instituição de caridade neste sábado. Elas haviam sido levadas a partir de territórios ucranianos ocupados pelo exército russo. 

"Hoje damos as boas-vindas a outras 31 crianças, que haviam sido enviadas ilegalmente para a Rússia a partir dos territórios ocupados", anunciou nas redes sociais Mykola Kuleba, que dirige a associação Save Ukraine.

Os menores de idade viviam nas regiões Kharkiv (nordeste) e Kherson (sul), ocupadas pelo exército russo há um ano e libertadas pelos ucranianos no último outono (hemisfério norte, primavera no Brasil), explicou a associação estatal, que combate o que considera deportações ilegais de crianças.

De acordo com a Save Ukraine, o grupo de crianças chegou na sexta-feira (7) a territórios ucranianos controlados por Kiev. Imagens divulgadas pela organização mostraram que elas atravessaram a fronteira a pé e embarcaram em um ônibus para continuar a viagem.

Kuleba elogiou as "mães heroicas" que viajaram a territórios russos, ou controlados pelos russos, para recuperar seus filhos em uma das missões "mais difíceis" da organização de caridade.

Durante a viagem, uma senhora que queria resgatar dois netos morreu por causa do "estresse", explicou Kuleba. Segundo o diretor da associação, as mães ucranianas foram "interrogadas durante 13 horas" por agentes dos serviços secretos russos.

Ainda de acordo com Kiev, mais de 16.000 crianças ucranianas foram deportadas para a Rússia desde o início da invasão, em 24 de fevereiro do ano passado.

Moscou nega as acusações e afirma que enviou as crianças a territórios russos para que escapassem dos horrores da guerra.

 

 

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